A Prefeitura de Belo Horizonte intensificou o monitoramento na Serra do Curral, principal patrimônio natural da capital, para coibir a mineração ilegal. A medida, segundo o prefeito Álvaro Damião, é uma resposta à Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal contra uma organização criminosa que fraudava licenças ambientais.
Em declaração neste sábado (20), durante entrega de títulos de propriedades a famílias no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de BH, o prefeito afirmou que o município está "fiscalizando diariamente" a região e que equipes da Guarda Municipal estão em operação no local. “É nosso principal patrimônio, nossa querida Serra do Curral. Não vamos permitir que isso aconteça”, disse Damião.
A ação de fiscalização da prefeitura começou no ano passado, após a suspensão das atividades da Mineração Pau Branco Ltda (Empabra) na região. Desde então, a Guarda Municipal tem monitorado a área e constatado movimentações ilegais. No final de 2024, a empresa chegou a um acordo para encerrar suas operações na Serra do Curral.
Operação Rejeito
A Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (17), investiga uma organização criminosa que agia em Minas Gerais, corrompendo funcionários públicos para obter licenças ambientais de forma ilegal. O esquema de fraudes, que envolvia a exploração de minério, tinha como alvo áreas de grande valor ambiental, incluindo a região da Serra do Curral, principal patrimônio de Belo Horizonte.
A investigação aponta que a quadrilha falsificava documentos oficiais, inclusive da Prefeitura de Belo Horizonte, para burlar os processos de licenciamento ambiental. Um dos casos citados pela PF se refere a um projeto chamado “Rancho do Boi”, onde foi identificada a falsificação de uma declaração que dispensava a necessidade de licenciamento municipal para a exploração de um terreno.
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