
Entoando uma das canções mais representativas sobre a força feminina - "Maria Maria", de Milton Nascimento -, mulheres do bloco Sagrada Profana desfilam pelas ruas do bairro Floresta, região Leste de Belo Horizonte, neste domingo (24) de pré-Carnaval.
Vestidas de roxo e prata, cores que simbolizam o grupo criado em 2017, folionas colorem as ruas do tradicional bairro belo-horizontino.
O bloco, que defende igualdade e direitos para as mulheres, reúne pessoas de todas as idades. A terapeuta ocupacional Suzi Gontijo, de 35 anos, por exemplo, levou a pequena Aurora, de 1, para curtir a festa. “Quero que ela saiba que as ruas não são só local de passagem, para andar rápido, trabalhar. São também espaços para curtir, para trocarmos experiências”, afirmou.

Com apresentações de bateria, dança, malabarismo e circo, artistas independentes exibem o trabalho no trajeto do bloco, que se concentrou às 10h. Grávida, a professora circense e de história Ana Mel, de 29 anos, se equilibra em um bambolê pendurado por tecidos em uma das árvores da via. O barrigão chama a atenção de quem escolheu o bloco para curtir a folia no último dia de fim de semana. “Não faço parte da organização, mas vim para esse desfile porque é um bloco que traz uma pauta identitária - a das mulheres. Temos que nos fortalecer e nos unir”, reforça.
Confira a apresentação da professora de circo, Ana Mel:
A fanfarra feminina ainda fez uma serenata para duas moradoras da rua Mucuri, que assistiam à passagem do desfile da porta de casa. Cantando “Carinhoso”, de Pixinguinha, o bloco emocionou quem escolheu o Sagrada Profana para curtir a folia. “É maravilhoso estar aqui. Só tenho participado de cortejos e espaços que respeitam meu corpo e quem sou”, acrescentou a jornalista Lívia Aguiar, de 31 anos.
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