Julgamento

Bombeiro é condenado a 17 anos de prisão por matar policial penal negro em bar de BH

Caso ocorreu em 26 de fevereiro de 2024, na região Leste da capital

Bernardo Haddad
@_bezao
Publicado em 15/07/2025 às 08:45.Atualizado em 15/07/2025 às 08:52.
Bombeiro passou por interrogatório na noite de segunda-feira (14) (Divulgação/ Fórum BH)
Bombeiro passou por interrogatório na noite de segunda-feira (14) (Divulgação/ Fórum BH)
Um bombeiro militar da reserva foi condenado a 17 anos de prisão pelo Tribunal do Júri da 1ª Presidência, por matar com cinco disparos de arma de fogo um agente penitenciário em um bar no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte. A condenação foi divulgada no início da madrugada de terça-feira (15). 
 
O crime ocorreu no dia 26 de fevereiro, por volta das 2h46, no interior do Bar Lá Casa de Papon, no bairro Santa Tereza. De acordo com a denúncia, a vítima e o acusado, que não se conheciam, estavam bebendo no bar quando tiveram um desentendimento. 
 
Ainda segundo a denúncia, durante o desentendimento, a vítima se identificou como policial penal e o acusado, após se identificar como bombeiro militar, teria duvidado do agente penitenciário. Ele acionou a polícia militar e solicitou a presença de uma viatura para abordar o agente e verificar a veracidade da identificação. 
 
O bombeiro aposentado ligou outras duas vezes para o número de emergência, inconformado com a demora da chegada da viatura. Ele então teria ido em casa, de moto, e retornado algum tempo depois, armado e disparou pelo menos 5 tiros que atingiram a região do tórax e braços da vítima.  
 
Em seguida ele voltou para casa, trocou a moto pelo carro de sua propriedade e quando ia deixar a casa, foi abordado por uma viatura da polícia, acionada pelo dono do bar após os tiros. 
 
Enquanto isso, uma segunda viatura prestou socorro à vítima, que faleceu ao chegar no hospital.  De acordo com a denúncia, o réu agiu por motivo torpe, e recurso que dificultou a defesa da vítima, e ainda por discriminação racial, inconformado em aceitar que a vítima, um homem negro, fosse policial penal. 
 
O conselho de sentença acatou a tese de homicídio duplamente qualificado, mas absolveu o réu da acusação de discriminação racial.

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