Bombeiros de Valadares e Ipatinga estão de sobreaviso por risco de rompimento em Barão de Cocais

José Vítor Camilo
17/05/2019 às 15:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:42
 (Flavio Tavares)

(Flavio Tavares)

Os militares do Corpo de Bombeiros das cidades Ipatinga, no Vale do Aço, e de Governador Valadares, na região do Rio Doce, estão de sobreaviso desde a quinta-feira (16) para atuarem no caso do rompimento da barragem Sul Superior, da mina Gongo Soco da Vale, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais. A estrutura está sob risco de ruptura iminente e com um estado de alerta máximo devido à movimentação de um talude da mina, que, se desabar, pode ser um gatilho para que a barragem também entre em colapso. 

O Hoje em Dia teve acesso a um ofício interno assinado pelo major Washington Goulart do Nascimento, Chefe da Divisão Operacional da corporação, direcionado ao 11º Batalhão, sediado em Ipatinga, ao 6º Batalhão e ao 5º Comando Operacional, ambos de Governador Valadares. 

Para o pedido, o documento cita a reativação do Posto de Comando em Barão de Cocais "devido à constatação da movimentação do talude na cava da barragem de Gongo Soco" e cita a informação, divulgada pela própria Vale às autoridades, de que o talude está apresentando uma movimentação diária de 3 a 4 centímetros. 

Após pontuar os motivos, o texto pede que os comandantes das unidades dos bombeiros coloquem os militares que atuam na parte administrativa da corporação de sobreaviso até que a situação se normalize.

"Orientem os militares, principalmente os que já foram empenhados na Operação Brumadinho, que os mesmos deverão manter fardamento e equipamento em condições de uso nos alojamentos e vestiários para pronto emprego operacional", conclui o documento. 

Medida é padrão da corporação 

Procurado pela reportagem, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse que essa medida adotada faz parte da rotina da corporação.

"Mesmo quando estamos fora de operações, a gente tem sempre um efetivo de sobreaviso, para caso de algum acontecimento de maior escala. Por isso existem os acionamentos 2, 3 e 4 de reforço, é uma escala que já existe. Mas agora, que estamos com essa situação em Barão de Cocais, sabemos que pode ser um evento de escala gigantesca, sempre temos um efetivo maior preparado", garante. 

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