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Bombeiros oferecem mais de 8 mil treinamentos para moradores de áreas de risco

Iniciativa busca preparar militares e voluntários para atuação em ocorrências relacionadas às chuvas; corporação também investe em tecnologia e parcerias

Da Redação*
Publicado em 11/10/2023 às 16:55.Atualizado em 11/10/2023 às 17:13.
 (CBMMG/Divulgação)
(CBMMG/Divulgação)

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) já promoveu mais de 8,3 mil treinamentos para moradores de áreas de risco entre 2022 e 2023. As capacitações são promovidas pelo governo estadual para evitar mortes durante a época de chuvas. Nelas, os cidadãos aprendem técnicas de autoproteção e maneiras de agir em situações de perigo até a chegada dos oficiais. 

Os treinamentos, feitos em parceria com as prefeituras e Defesas Civis dos municípios, contam com simulações de enxurradas, inundações, desmoronamentos e soterramentos. Os cidadãos praticam habilidades de primeiros-socorros, nós e arremesso de corda. Podem participar os moradores e voluntários dos Núcleos de Alerta de Chuva (NAC) e Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdec).

Alan Garcia dos Reis, morador do bairro Novo Aarão Reis, em BH, relata que sobreviveu a uma enchente por ter participado da capacitação do Corpo de Bombeiros. Ele conta que, graças ao que aprendeu, soube como agir no momento em que o nível de água na casa dele chegou na altura do peito em questão de 20 minutos. Em setembro deste ano, Alan participou pela quarta vez do treinamento. “Sempre tem coisa nova. Aprender é sempre bom e relembrar o que se aprendeu é melhor ainda”, destaca. 

Para o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros, é importante que o cidadão se torne um agente ativo na comunidade para evitar mais danos em situações de desastre. “É fundamental que o voluntário compartilhe informações, transmita alertas e oriente as primeiras ações emergenciais até a chegada dos bombeiros”, reforça.

Plano de capacitação

Além do treinamento dos moradores, o CBMMG incentiva leis municipais que propiciem a cultura de redução do risco de desastres e a retirada dos moradores dos locais de perigo. Os bombeiros militares também vistoriam encostas, barragens e áreas propícias a inundações. 

Outra ação do Corpo de Bombeiros é o uso do aplicativo Álea, desenvolvido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que mapeia riscos geo-hidrológicos e delimita áreas de risco. A ferramenta permite que os militares alimentem as informações das áreas vistoriadas para estabelecer medidas de prevenção. Há também o aplicativo Prox, desenvolvido por meio de um acordo cooperativo com a Cemig e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O app permite que a população receba alertas de risco e rotas de fuga para áreas seguras.

Para desenvolver ações mais rápidas de resposta às regiões afetadas pelos dilúvios, o Corpo de Bombeiros criou 17 estruturas dos Núcleos de Atenção às Chuvas, compostas por militares selecionados e capacitados pelo Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta à Desastres (Bemad).

Em 2023, estão sendo capacitados 2.046 bombeiros. Entre eles, há participantes qualificados em condução de veículos de emergência, busca e resgate em estruturas colapsadas, mergulho autônomo e salvamento em soterramento em enchentes e inundações. 

*Estagiária sob supervisão de Angel Drumond e com informações da Agência Minas.

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