(Arquivo/Agência Brasil)
As inscrições confirmadas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Minas, apresentaram queda de 11% neste ano, na comparação com a edição passada. No entanto, o Estado segue na segunda posição do ranking nacional do número de candidatos, perdendo apenas para São Paulo. Exatos 583.025 mineiros irão fazer as provas, previstas para serem aplicadas em 4 e 11 de novembro.
As informações foram divulgadas ontem pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A redução tem relação com o fim da possibilidade de se obter o diploma do ensino médio. Desde o ano passado, o certificado passou a ser emitido aos aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Em todo o país, mais de 6,7 milhões de pessoas fizeram o cadastro para o exame. Porém, somente 5,5 milhões (81,3%) tiveram as inscrições confirmadas. O total de registros não concluídos se deve à falta de pagamento da taxa ou ao resultado de recursos ainda não julgados. Em 2017, 4,7 milhões de brasileiros participaram do Enem.
Para os responsáveis pelo processo, os números mostram a efetividade das mudanças que visam a evitar o desperdício da verba pública. Nos últimos cinco anos, a média de abstenção nas provas foi de quase 30%, um prejuízo de R$ 962 milhões, segundo o Ministério da Educação.
Esta é a primeira edição em que o pedido de gratuidade da taxa foi realizado antes da inscrição. Participantes isentos em 2017, mas que não compareceram no dia do exame, também tiveram que justificar a ausência para obter o benefício novamente. Em 2018, 63,8% estudantes foram dispensados de pagar a taxa de R$ 82.
Repetindo o que foi observado nos anos anteriores, as mulheres são maioria (59%) no Enem. Em relação à situação escolar, 58,6% já concluíram o ensino médio e 29,7% vão finalizar essa etapa até o fim do ano. Cerca de 10% dos candidatos fazem parte do grupo de treineiros.
Além disso, 46,4% se autodeclararam pardos, 35,9% brancos, 12,6% negros e 2,2% amarelos. Menos de 1% é indígena e 2% não declararam a etnia, raça ou cor. A faixa etária com maior número de pessoas é de 21 a 30 anos, que representa 33% do total de inscritos.
Atendimentos
A prova oferece três tipos de atendimentos e 15 recursos de acessibilidade. O serviço especializado teve 35 mil solicitações, de 29 mil inscritos, sendo a maioria para deficiência auditiva (11 mil), seguida da intelectual (7 mil) e baixa visão (6 mil). Já os pedidos de atendimento por nome social, para transexuais e travestis, podem ser feitos até 3 de junho, no site enem.inep.gov.br.