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Calor pede máscara extra ao sair de casa, alertam especialistas

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
Publicado em 20/09/2020 às 16:57.Atualizado em 27/10/2021 às 04:35.

O calorão não dispensa ninguém de usar máscara para evitar a transmissão do novo coronavírus. Pelo contrário: devido às altas temperaturas, o recomendável é reforçar o estoque da proteção e andar sempre com um acessório a mais no bolso. Enquanto a vacina contra a Covid não chega, o equipamento, assim como o distanciamento social e a higiene das mãos, segue apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos meios mais eficazes contra a doença. 

Os 4,5 milhões de diagnósticos positivos e as mais de 135 mil mortes pela doença no Brasil, dados que colocam o país entre os três mais atingidos pela pandemia, é o que determina que todas as pessoas tenham que usar máscara sempre que saírem de casa, reforça a doutora em Fisiologia e mestre em Atividade Física e Saúde Daisy Motta. “A gente está em outra realidade”, enfatiza.

Alta ocorrência de casos de Covid-19 e de mortes causadas pela doença no país é o que determina que nós tenhamos que usar máscara toda vez que formos sair de casa” (Daisy Motta, doutora em Fisiatria)

Reserva

Neste calor, a recomendação do infectologista Carlos Starling, integrante do Comitê de Enfrentamento da Covid-19 em Belo Horizonte, é que as pessoas levem máscara extra ao irem à rua, para trocar quando a primeira estiver molhada. “E continuem evitando aglomeração”, reforça.

“Quem for se exercitar ao ar livre, além de usar máscara, deve manter uma distância de pelo menos cinco metros das outras pessoas. É preciso ter todo o cuidado possível”, reforça Starling.

O também infectologista Unaí Tupinambás, companheiro de Starling no comitê de combate à Covid-19 em BH, concorda que, nesta época de altas temperaturas, quando as máscaras ficam úmidas com maior facilidade, é preciso revezá-las mais vezes.

“Uma possibilidade é o uso do protetor facial, chamado face shield, aquele transparente, que pode ser mais confortável e obter mais adesão (da população)”, pondera o especialista, dizendo que as mesmas indicações valem para quem vai praticar exercícios físicos.

A doutora em Fisiologia Daisy Motta reforça que o desconforto causado pelo calor ocorre com ou sem o uso do EPI, mas que, neste momento, o importante é seguir as instruções atualizadas da OMS, que indicam utilização de máscara pela população em geral.

Novos picos

Um estudo divulgado em junho na publicação científica internacional The Royal Society aponta que o uso dos equipamentos de proteção individual por 100% da população, em ambientes públicos, pode colaborar para evitar novos picos de infecção pela Covid-19 a partir da flexibilização das diversas atividades. “Minha máscara protege você, sua máscara me protege”, alerta a pesquisa.

Além disso

Para os praticantes de exercícios físicos, a dica da doutora em Fisiologia Daisy Motta – que cursa pós-doutorado no Laboratório de Análise da Carga do Departamento de Esportes da UFMG – é que, neste período de forte calor, usem máscaras caseiras ou a cirúrgica. “Usar qualquer tipo quando for se exercitar, mesmo que ela não seja a melhor de todas, vai proteger você mais do que não usar nenhuma”, observa ela.

Para minimizar algum desconforto causado pelo uso do EPI durante o exercício físico, Daisy Motta orienta que as pessoas tentem reduzir a intensidade e a duração da prática. “Por exemplo, se você corre a 10 km por hora, procure reduzir para 9 km ou 8 km por hora, até se adaptar ao uso da máscara durante a atividade. Com o tempo, você vai perceber um desconforto menor”, acredita, ponderando que algumas pessoas vão ter mais facilidade de adaptação.

A pesquisadora ressalta que o calor traz algumas alterações que podem aumentar o estresse cardiovascular do exercício físico. Assim, ela recomenda a ingestão de líquidos durante o treino, que deve ser evitado nos períodos em que a temperatura estiver mais alta, como o horário do almoço.

para mais orientações de Daisy Motta.


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