Presidente da Casa solicitou a retirada da vereadora como relatora por suposta influência do filho, Marcelo Aro
A vereadora Professora Marli se defendeu do pedido de afastamento da Comissão Processante que analisa o pedido de cassação do mandato de Gabriel Azevedo. O atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte solicitou a retirada dela como relatora por suposta influência do filho, Marcelo Aro, conhecido desafeto do vereador.
No documento protocolado por Marli, a comissão formada ainda pela presidente, Janaína Cardoso (União), Iza Lourença (Psol), como membro, o trio anunciou que dará continuidade à investigação do pedido de afastamento de Gabriel por suposto decoro parlamentar.
Um dos pontos abordados por Gabriel no processo de defesa foi de que Marli teria um impedimento para integrar a comissão, por suposta imparcialidade nas decisões que ela poderia ter, devido a influência do filho, atual secretário da Casa Civil de Minas Gerais. Segundo a relatora, tal argumento não é válido.
“A relatora do processo na comissão processante não foi a denunciante, que nem sequer é vereadora, e sim deputada federal. Portanto, não está presente o impedimento previsto no art. 5 2, I, do Decreto-Lei n2 201/67. Quanto ao art. 77 do Regimento Interno, a denúncia não é de autoria da relatora, o que o torna inaplicável”.
Outro ponto abordado durante a defesa do presidente foi a questão da relação com Marcelo e de um sorriso que a professora deu após ser selecionada para a Comissão Processante. Segundo o documento há época, “é necessário desconfiar da imparcialidade de alguém que ao ser nomeada membro da comissão processante comemore com um sorriso no rosto como esse”.
Sobre essas situações, a relatora se defendeu afirmando que “declarações de terceiros, mesmo que familiares da relatora, não podem ser confundidas com declarações dela e por isso não implicam impedimento. Quanto ao sorriso em foto tirada com colegas, não se pode inferir nada dele que não a disposição de boa convivência”.
Professora Marli também já manifestou sobre tal "desconfiança" de Gabriel, afirmando que ele não precisa ter medo dela.
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