Câmeras de segurança com Inteligência Artificial, capazes de fazer reconhecimento facial e leitura de placas de veículos já estão sendo instaladas em Belo Horizonte. Os equipamentos integram o programa "Muralha BH", detalhado nesta segunda-feira (6) pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil). O sistema está em fase de testes, com expectativa de que mil câmeras estejam em funcionamento até dezembro deste ano. Ao todo serão 12 mil novas câmeras. O investimento não foi informado.
As demais 11 mil serão instaladas de forma gradativa, com o pleno funcionamento do sistema somente em dezembro de 2026. A iniciativa mineira foi inspirada no modelo "Smart Sampa", usado em São Paulo. Lá, o sistema de monitoramento ajudou a prender 2 mil foragidos da Justiça.
Em BH, serão 1.890 câmeras do tipo PTZ, com giro de 360° e unidades fixas; 2.650 LPR, próprias para a leitura de placas veiculares; e 1,5 mil com capacidade de realizar o reconhecimento facial. As demais foram descritas apenas como “câmeras de segurança” - ou seja, sem reconhecimento facial nem leitura de placas.
Durante a vigilância eletrônica, alertas serão emitidos após a detecção de placas de carros roubados, foragidos da Justiça ou pessoas desaparecidas. Esses avisos chegam em tempo real ao Centro Integrado de Operações da Prefeitura (COP-BH), no Buritis, região Oeste da capital. Lá, haverá o contato com as forças de segurança.
Segundo o secretário municipal de Segurança, Márcio Lobato, todas as “principais vias” da capital serão vigiadas. O sistema também será instalado em praças, parques, centros de saúde e escolas municipais.
“Além do Anel Rodoviário, escolhemos todos os grandes corredores e as entradas de bairro para serem monitorados. Teremos várias divisões dentro da cidade, permitindo, por exemplo, acompanhar um veículo saindo do Centro em direção a Venda Nova ou Barreiro”.
Quase 2 mil câmeras do Olho Vivo serão aproveitadas
Diretor-presidente da Prodabel, Fernando Lopes detalhou que 1.985 câmeras do Olho Vivo - sistema de monitoramento já utilizado na capital - devem ser aproveitadas no “Muralha BH”.
“Vamos aproveitar, aproximadamente, 4,2 mil câmeras em funcionamento, dentre elas as do Olho Vivo. Dessas, cerca de 1985 serão aproveitadas. Entre as que não serão aproveitadas, já está prevista a recuperação delas”, afirmou Lopes.
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