
Transportadores de combustíveis que prestam serviços para a empresa Vibra Energia, antiga BR Distribuidora (Petrobras), entraram em greve por tempo indeterminado no início da madrugada desta segunda-feira (9), em Betim, na região metropolitana de BH. Os motoristas afirmam que só voltarão com as atividades quando houver uma negociação com a empresa.
Caso perdure, a paralisação pode afetar o abastecimento de combustível em Minas, segundo o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG).
Ainda de acordo com o Sindtanque-MG, os caminhoneiros reivindicam o cumprimento de duas leis: o pagamento do Piso Mínimo de Frete (Lei 13.703/2018) e do Vale-Pedágio Obrigatório (Lei 10.209/2001, regulamentada pela Resolução nº 2885/2008, da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT).
De acordo com o presidente da entidade, Irani Gomes, a Vibra e outras empresas não têm pago o piso mínimo referente às reivindicações. “O frete tem sido pago, muitas vezes, 10%, 15% abaixo do mínimo. E o pedágio tem que ser pago antes de a viagem ser efetuada. Além de elas pagarem depois, só pagam 50%”, afirma o presidente.
Em contato com o Hoje em Dia, a Vibra Energia reconheceu a paralisação e afirmou que está adotando medidas para mitigar eventuais riscos de desabastecimento de combustíveis.
Veja a nota na íntegra
"A Vibra informa que, na manhã desta segunda-feira (09), foi registrada a paralisação de alguns caminhões-tanque em frente à base BABET, localizada em Betim (MG), coordenada por suposta entidade sindical. A companhia está adotando todas as medidas necessárias para mitigar eventuais riscos de desabastecimento e atendimento a seus clientes. Ressaltamos que os contratos firmados entre Vibra e empresas transportadoras encontram-se vigentes e precisam ser cumpridos, sob pena da aplicação das penalidades previstas.
A Vibra reitera seu compromisso com a regularidade do abastecimento no estado de Minas Gerais e permanece em articulação com os órgãos competentes para assegurar a continuidade dos serviços. Ademais, informamos que a Cia. está sempre aberta ao diálogo individual com cada um de seus contratados, repudiando de forma veemente qualquer tentativa de combinação coletiva de preços que configuram, em tese, infração à legislação de defesa da concorrência, sujeita às sanções legais cabíveis, conforme estabelecido pelos órgãos competentes"
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