dia mundial do câncer

Campanha mundial alerta para danos que desigualdades provocam na luta contra o câncer

Leonardo Queiroz
Jornal O Norte
Publicado em 04/02/2022 às 18:55.
 (Fundação Sara/ Divulgação)

(Fundação Sara/ Divulgação)

Cerca de 10 milhões de pessoas perderam a luta para o câncer em 2020 no mundo. No entanto, 3,7 milhões de vidas poderiam ter sido salvas, por ano, se existissem estratégias apropriadas de recursos para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento em tempo correto e de forma igual para todos.

Esse alerta é dado pela Fundação Sara no Dia Mundial do Câncer, celebrado nesta sexta-feira (4). Com a temática “Por cuidados mais justos”, a instituição, que é referência no atendimento a crianças vítimas da doença em Minas, chama a atenção para o peso da desigualdade no tratamento, abraçando a campanha da União Internacional contra o Câncer (UICC).

Apesar de haver grandes avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, muitos são os fatores de desigualdade que podem afetar de forma negativa o enfrentamento à doença. Dentre eles, renda, educação e localização geográfica são aspectos que custam muitas vidas.

Segundo a fundação, muitas famílias das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer, ao saírem de suas cidades do interior para realizar o tratamento nas unidades de Montes Claros e Belo Horizonte, não possuem condições financeiras, moradia, ou até mesmo parentes que possam prestar algum suporte. Isso torna o momento delicado ainda mais difícil.

Um dos exemplos dessa situação é a família de Victor, diagnosticado com câncer em agosto do ano passado. A mãe do menino, Franciele, conta que precisou deixar tudo para trás, em Janaúba, para vir com o filho realizar o tratamento em Montes Claros – cidade onde não tem nenhum familiar ou conhecido.

“Quando você recebe um diagnóstico desses, descobre que o tratamento é muito caro e não tem tantas informações sobre como funciona. No início, foi um momento bem difícil, pois nos sentimos muito sozinhos e sem saber o que fazer. Mas assim que a gente soube da existência da Fundação Sara, foi como se tirasse um peso de nossas costas, pois sabíamos que teríamos um lugar para ficar e com quem contar”, diz a mãe do garoto.

A Fundação Sara, além de auxiliar a família por meio de 11 programas, com moradia, transporte, alimentação, dentre outros serviços de assistência, oferece toda uma estrutura de apoio para que a família se sinta acolhida e não haja desistências durante o tratamento.

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