As capivaras da Lagoa da Pampulha estão no centro de uma polêmica envolvendo um estudo para a retirada dos animais. O manejo, para área ainda indefinida, seria feito por técnicos contratados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O edital de licitação para a contratação deve ser lançado nas próximas semanas.
Para ser executado, o programa de manejo precisa ser aprovado pelo Ibama. “A função do Ibama é avaliar a proposta e autorizar ou não a captura e o remanejamento”, diz o chefe do núcleo de Fauna do órgão, Junio Augusto Santos Silva.
Segundo Junio Silva, o manejo é adotado em ambientes semelhantes ao da Pampulha, como condomínios que contêm lagoas na região metropolitana da capital.
Em nota, a PBH informa que o manejo foi a “solução mais adequada para a população de BH e as espécimes animais”. No entanto, os motivos que levaram à decisão de tirar os animais da lagoa não foram esclarecidos.
Risco
Especialistas concordam que as capivaras podem transmitir doenças para as pessoas e que a integridade dos animais também corre perigo por conta da ação do ser humano.
O professor da Escola de Veterinária da UFMG Nelson Rodrigo Martins afirma que esses animais têm carrapatos que podem ser vetores da febre maculosa, doença que pode levar à morte.
A professora do mestrado em Zoologia da PUC Minas Sônia Talamoni acrescenta que a saúde das capivaras pode ser prejudicada pela poluição da lagoa, além do risco de atropelamentos.
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