
Em uma mistura do swing da Bahia com um Carnaval dedicado ao público infantil, crianças e fãs de axé se misturam na Savassi, aproveitando o último dia de folia, nesta terça-feira (5). Até o fim do dia, 100 mil pessoas devem passar pela região, segundo a Polícia Militar (PM).
Muitas famílias trouxeram os filhos para pular Carnaval na Savassi. O cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo foi tomado por brincadeiras variadas, regadas a muita serpentina, algodão doce e pipoca.

O casal Reinaldo Antonio, 41, e Flávia Benedito, 39, trouxeram o filho Bernardo, de 1 ano, para viver o primeiro Carnaval e aprovaram a mistura de público.
"A gente sabia que teriam outros blocos para o público mais adulto, mas nada que atrapalhe. Está muito tranquilo, o Bernardo consegue correr para todos os lados aqui sem confusão, muita gente pra brincar com ele na boa", disse Reinaldo.
Para aliviar o calor, a criançada aproveitou, junto a muitos adolescentes, a fonte da Praça da Savassi, ligada durante toda a festa.

A engenheira Maíra Dias, 36, frequentadora assídua da Savassi, sempre vem à região e traz a sunga do filho David, de 3 anos, na bolsa. Em plena folia, não foi diferente. "O David sempre pede pra nadar aqui. Agora ficou encantado porque têm muitas crianças aproveitando o Carnaval. Melhor, impossível", disse Maíra.
O Bloco do Pelourinho, que revive o melhor do axé baiano dos anos 1990, arrastou uma multidão pela avenida Getúlio Vargas, no início da tarde. A estudante Eduarda Dutra, 21, chegou ainda pela manhã ao local e está aproveitando até a festa da criançada. Ela pretende ficar pela Savassi a tarde toda.
"Eu acho o Carnaval da Savassi o melhor. Tanto pelos blocos, quero ver o Baianeiros mais tarde, quanto pelo público. É sempre tranquilo, família, gente jovem, raramente tem alguma confusão. Está ótimo", disse Eduarda.

O estudante Júnior Fernandes, de 23 anos, decidiu dar aulas abertas de axé no meio da Savassi, em plena avenida Getulúlio Vargas . “Muita gente não sabe fazer passos simples e a graça do Carnaval é dançar. Acho que isso atrai pessoas que não são muito soltas, mas têm vontade de dançar”.