Morte de gari

Carro, calibre da arma e testemunhas ajudam PC a identificar marido de delegada como autor do crime

Polícia Civil quer prisão preventiva do homem, que pode ser indiciado por ameaça e homicídio duplamente qualificado

Gabriela de Castro*
gabriela.castro@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/08/2025 às 17:22.Atualizado em 12/08/2025 às 17:41.
Detalhes sobre o caso foram informados por policiais do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) (Maurício Vieira)
Detalhes sobre o caso foram informados por policiais do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) (Maurício Vieira)

O empresário suspeito de atirar e matar um gari de 44 anos negou que tenha cometido o assassinato. O homem, casado com uma delegada da Polícia Civil, disse que estava em uma empresa em Betim, na hora do crime, ocorrido nessa segunda-feira (11). No entanto, ele segue preso, já que a Polícia Civil (PC) garante ter elementos suficientes para comprovar a autoria. Dentre eles, a placa do carro, imagens, calibre da arma e o relato de testemunhas.

A PC deu detalhes sobre o caso nesta quarta-feira (12). Informações apuradas pelos investigadores possibilitaram a identificação do suspeito "pelo tipo físico", segundo informaram delegados do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Além da placa do carro - um BYD de cor cinza - e da descrição das testemunhas, a PC aponta a semelhança entre a arma utilizada no crime e a encontrada no apartamento do suspeito, mesma casa da delegada, como indício. Por ter o mesmo calibre, a arma foi encaminhada para perícia, que tem o prazo de dez dias para realizar os exames necessários.

Diretor de uma grande empresa do ramo de alimentos, o homem foi preso horas após o crime. Ele é investigado por homicídio duplamente qualificado e ameaça, direcionada à motorista do caminhão durante a briga de trânsito.

O crime ocorreu após discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, na região Leste de BH, enquanto a vítima trabalhava. O corpo de Laudemir de Souza Fernandes foi enterrado nesta quarta em Contagem, na Grande BH. A despedida ficou marcada por indignação de familiares e amigos e clamor por justiça. 

* Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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