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Carroceiros protestam em BH contra projeto que prevê fim da categoria

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
14/07/2017 às 12:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:33

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Dezenas de carroceiros realizaram protesto por ruas e avenidas de Belo Horizonte, no início da tarde desta sexta-feira (14), para mostrar repúdio ao Projeto de Lei (PL) que proíbe o uso de tração animal na cidade. Os trabalhadores acreditam que, se sancionada, a lei decretará o fim da categoria.

Por isso, eles se reuniram nas imediações da rodoviária e seguiram em passeata até a Câmara Municipal, onde foram impedidos pela Polícia Militar de prosseguir. Após negociações entre vereadores e a PM, o grupo conseguiu ter acesso à Casa. 

Na entrada da CMBH, os manifestantes foram recebidos pelo vereador Gilson Reis (PCdoB) que conversou com o grupo. Segundo a assessoria do vereador, os carroceiros solicitaram a realização de uma audiência pública antes da votação do projeto em segundo turno, prevista para agosto. 

Na próxima terça-feira (18), o requerimento para a audiência vai ser votado na Comissão de Administração Pública. E os representantes dos carroceiros informaram à reportagem do Hoje em Dia que vão acompanhar a votação. 

Eles saíram da Câmara otimistas e confiantes que alguns vereadores vão trocar o voto e votar a favor dos carroceiros no segundo turno. 

De acordo com a BHTrans, durante a tarde, o ato complicou o tráfego na região Central. Motorização

A PL 142, de autoria do vereador Osvaldo Lopes (PHS), prevê a substituição gradativa de carroças por veículos motorizados no prazo máximo de cinco anos. Só seria permitido o uso de animais em locais privados, área rural ou em rotas e baias que sejam autorizadas pelo Executivo.

O parlamentar garante que o projeto não irá desamparar os carroceiros, uma vez que eles irão receber consultorias para readequação no mercado de trabalho. Atualmente, 2.357 carroceiros estão credenciados pela BHTrans para transitar por BH. O número de profissionais que rodam na capital, porém, pode chegar a 6 mil.

Prejuízo

Na visão do carroceiro Adenildo Santos, a lei irá minimizar o trabalho da categoria. "Como uma classe tão sofrida vai adquirir um triciclo que varia entre R$ 12 e R$ 50 mil?", questiona. Eles lembram também que a população será afetada com os altos custos de fretes. "Vai ter aumento de carreto, já que vai aumentar os custos da operação".

(LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

(Movimento dos Carroceiros/Divulgação)

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