Patrimônio

Casa da Glória, em Diamantina, será restaurada com apoio do governo dos EUA

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
13/07/2022 às 20:11.
Atualizado em 13/07/2022 às 20:14
 (Pedro Miranda)

(Pedro Miranda)

Um dos principais pontos turísticos de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a Casa da Glória, edificação branca e azul do século XVIII que possui o icônico passadiço, será restaurada e revitalizada com ajuda do governo dos Estados Unidos. 

O edifício é gerido pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e receberá recursos do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O aporte será de US$ 235.690. A UFMG participará com U$189.441,00.

Segundo a universidade, será feita substituição das estruturas de madeira que suportam a construção, parcialmente destruídas por infestação de cupins, troca de toda a rede elétrica e instalação de sistema de prevenção e combate a incêndios.

A Casa da Glória é usada pela UFMG como suporte às atividades de campo de ensino, pesquisa e extensão e recebe também pesquisadores de outras instituições do país. Ela possui 11 alojamentos, com capacidade para receber 110 estudantes e pesquisadores.

A expectativa é que as obras, que contam com aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sejam concluídas até o fim de 2023. O trabalho deve começar pela descupinização.

Como as edificações que compõem a Casa da Glória foram feitas em paredes de pau-a-pique, o suporte é constituído de reticulado de madeira, mesmo material do forro e dos assoalhos. Muitas peças do suporte devem ser trocadas integral ou parcialmente, de acordo com a UFMG.. A expectativa é que sejam usados angelim-pedra para os forros e maçaranduba (conhecida também como paraju) para a estrutura de suporte.

A Casa da Glória
A Casa da Glória é um conjunto de dois casarões históricos, situados em lados opostos da rua da Glória e interligados por um passadiço suspenso, que tinha a função de unir o educandário ao orfanato. A estrutura foi usada como símbolo da campanha de Diamantina para obtenção do Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco.

O edifício principal foi construído entre 1775 e 1800. No início do século XIX, a Casa da Glória passou a ser administrada pelo estado de Minas Gerais e recebeu visitas de estudiosos como Saint Hilaire, John Mawe, Barão Eschwege e Spix & Martius.

Em 1864, sob o comando da Igreja Católica, a edificação foi transformada em residência oficial dos bispos de Diamantina. Na década de 1860, sofreu nova modificação para abrigar religiosas da ordem de São Vicente de Paula, que instalaram um educandário feminino. O edifício vizinho havia sido construído também no século XIX e acabou igualmente adquirido pela irmandade para se tornar um orfanato.

Em 1978, o conjunto dos dois edifícios da Casa da Glória foi adquirido pelo Ministério da Educação e Cultura para sediar o Centro de Geologia Eschwege, destinado a receber pesquisadores e estudantes de geologia de todo o Brasil. Desde então, é gerido pelo Instituto de Geociências da UFMG.

(*) Com portal da UFMG.

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