Um casal foi enganado por uma “conselheira espiritual” e perdeu R$ 65 mil na madrugada dessa segunda-feira (30), na cidade de Alterosa, no Sul de Minas. Segundo a Polícia Militar (PM), o casal passava por problemas de relacionamento e teria vendido a casa onde morava após receber um conselho da golpista de que o imóvel estava “amaldiçoando” o casamento dos dois. De acordo com a PM, o casal, um motorista e uma professora, aceitou o conselho e, assim que conseguiram vender o imóvel no valor de R$ 65 mil, informaram à golpista. A “conselheira”, que se apresentou a eles como “Gabriela”, então, teria dito que o dinheiro também estava amaldiçoado. Para “quebrar” a maldição, o dinheiro precisava ser benzido e “dormir” uma noite debaixo do colchão da cama onde a golpista dormia. Conforme informou a PM, o casal entregou a quantia à mulher e quando retornaram, na manhã da segunda-feira (30), para buscar o dinheiro, ela já não estava na residência. Segundo a PM, o casal informou que “Gabriela” sempre pedia sigilo sobre o seu trabalho sob o argumento de que estava preservando a integridade de seus clientes. O casal disse ainda que soube dos serviços prestados pela golpista por meio de um panfleto distribuído em uma das ruas do município. O casal falou ainda que a “conselheira”, aparenta ter 45 anos e andava na companhia de uma menina, de aparentemente 8 anos de idade. A menina, a qual a golpista chamava de Pérola, seria filha dela. A PM informou que “Gabriela” se mudou para Alterosa a cerca de dois meses e teria alugado uma casa, onde recebia os clientes. Segundo a PM, a residência foi alugada por um homem identificado como Rogério. Os donos desse imóvel relatou à polícia que esse homem apresentou CPF, firmou o contrato, pagou dois meses de aluguel adiantado e informou que iria “segurar a casa” até o seu sobrinho chegar à Alterosa. Diante disso, a PM suspeita que se trata de uma quadrilha com experiência em outros golpes semelhantes. Segundo a PM, a mulher poderá responder pelo crime de estelionato, com agravante de charlatanismo por ter “abusado” da fé das vítimas. O caso deverá ser investigado pela Delegacia da Polícia Civil da cidade de Areado.