
Um casal foi preso suspeito de torturar e estuprar os próprios filhos, de 3, 9, 16 e 23 anos, no bairro Inconfidência, região Noroeste de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (30). Os crimes estariam sendo praticados pelo homem, de 39, e pela mulher, de 41, desde o ano passado, em Dionísio, no Vale do Rio Doce. As investigações começaram após denúncias anônimas, mas o caso ganhou repercussão na cidade após a criança de 9 anos procurar a polícia para prestar queixa.
Segundo o delegado Raphael Machado, o filho do suspeito teria ido até a delegacia na semana passada espontaneamente para denunciar os crimes.
“Ele estava a dois dias sem comer, a família não dava alimento para ele e também vinha sendo agredido, porque ele aparentemente suspeitava de que essa violência sexual estava acontecendo com essa jovem de 23 anos. A partir daí o pai começou a agredir ele com ainda mais violência. Então, ele foi encaminhado para o conselho tutelar”, contou.
A jovem de 23 anos é filha da investigada e portadora de esquizofrenia, ela teria sido abusada pelo padrasto com a omissão e consentimento da mãe. “Ela chegou a engravidar, inclusive, eles têm um filho de aproximadamente 5 meses”, relatou.
De acordo com o delegado, após a gravidez da jovem, as notícias entre os moradores da cidade era que o filho era do padrasto e com as denúncias foi expedido um pedido de medida protetiva contra o suspeito. “Essa mulher, ela também já tinha sido abusada por outros dois indivíduos, alheios a essa investigação. Então ela já era acompanhada, tanto pelo serviço social, de saúde e conselho tutelar da cidade. Recebendo essas informações, foram passadas para a polícia civil e a gente começou a investigação e aí ela teve acesso a medida”, disse.
Após as denúncias, a jovem passou a morar em Belo Horizonte com a avó. “Quando o caso se tornou público, depois que o menino de 9 anos procurou o auxílio da polícia, eles tomaram a iniciativa de transferir a família toda aqui para Belo Horizonte, para casa da avó, aí a vítima já estava aqui, ou seja, ele descumpriu a medida protetiva.”, contou.
Segundo informações dos policiais, o bebê não possuía o nome do pai na certidão de nascimento e a investigada estaria cuidando como se fosse filho dela. A mulher, está respondendo por estupro de vulnerável por conduta omissiva e tortura e o homem por estupro de vulnerável, tortura e descumprimento de medida protetiva.
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