Terminaram nesta quinta-feira (30) as audiências com depoimentos das testemunhas de defesa do processo que apura os casos de contaminação pelo consumido da cerveja Belorizontina, da Backer. O próximo passo será o interrogatório dos réus.

As audiências ocorreram no Fórum Lafayette, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A previsão inicial era que fossem ouvidas 60 testemunhas de defesa em 10 sessões. Porém, as oitivas se encerram com apenas 15 depoimentos em seis audiências. Os advogados de defesa dispensaram 45 testemunhas.

Nesta quinta-feira (30), os três últimos a falar foram funcionários do parque industrial da Backer, que fica no Olhos D'Água, região Oeste da capital. Eles deram detalhes sobre quem respondia pela compra de produtos e pela reposição na fábrica de cervejas.

A Justiça ouviu nos 15 depoimentos mestres cervejeiros, empresários que revendiam cervejas da Backer, especialista na indústria de bebidas, amigos da família e o gerente de departamento pessoal da cervejaria.

Julgamento
No caso da contaminação da Belorizontina por dietilenoglicol, 11 pessoas foram denunciadas, sendo três sócios-proprietários da empresa, acusados por crimes que incluem adulteração de bebidas alcoólicas.

Além dos sócios, sete encarregados da fabricação da cerveja foram denunciados por lesão corporal e homicídio culposo. Nenhum dos envolvidos foi acusado de crime doloso, quando há intenção de provocar a morte.

Em maio de 2022, quatro vítimas e 23 testemunhas de acusação prestaram depoimentos, incluindo parentes das vítimas, pessoas próximas e o delegado que conduziu o inquérito.

Em abril do ano passado, a Backer recebeu autorização para retomar a produção de bebidas na fábrica do Olhos D'Água.