Julgamento

Caso Backer: réus e testemunhas de defesa ainda serão ouvidos pela Justiça; entenda

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 27/05/2022 às 11:37.
 (Google Street View/Reprodução)

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Finalizada a primeira etapa do julgamento do Caso Backer, a apreciação agora seguirá após os depoimentos de réus e testemunhas de defesa. As datas para as declarações, no entanto, ainda serão posteriormente marcadas. 

Entre segunda (23) e quinta-feira (26), parentes, vítimas, peritos e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram ouvidos no Fórum Lafayette, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. As sessões foram realizadas a portas fechadas, sem a presença da imprensa. Vinte e oito pessoas foram relacionadas como testemunhas pelo Ministério Público. 

No total, 11 pessoas foram denunciadas. Três sócios-proprietários da empresa respondem pela prática dos crimes de envolvimento na adulteração de bebidas alcoólicas, perigo comum e crimes tipificados no Código de Defesa do Consumidor.

Sete encarregados da fabricação de cerveja foram denunciados pelos crimes de lesão corporal grave e gravíssima, homicídio culposo, além dos crimes imputados aos sócios. Uma pessoa foi denunciada por prestar informações falsas na fase de inquérito policial.

Nenhum dos envolvidos foi acusado de crime doloso, quando há intenção de provocar a morte. Por isso, não haverá  júri popular.

Relembre o caso

O caso ganhou notoriedade em janeiro de 2020, quando surgiram relatos de envenenamentos “misteriosos” envolvendo moradores do bairro Buritis, em Belo Horizonte. Os consumidores manifestaram sintomas de uma síndrome nefroneural, que provoca insuficiência dos rins e problemas neurológicos. 

Uma investigação da Polícia Civil relacionou os problemas de saúde ao consumo de cervejas da Backer, principalmente a Belorizontina, que estariam contaminadas com uma substância tóxica conhecida como dietilenoglicol. Dez vítimas morreram e várias tiveram sequelas.

Em junho daquele ano, a investigação indicou que a contaminação ocorreu devido a um furo no sistema de refrigeração de um dos tanques utilizados pela cervejaria.

Em agosto de 2020, relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou que as contaminações ocorriam desde janeiro de 2019, afastando a possibilidade de evento isolado no histórico de produção das bebidas.

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