
Uma mulher que se passou por enfermeira e outros cinco suspeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça (TJMG) por participarem de um esquema de vacinação clandestina contra a Covid-19, em Belo Horizonte, em março de 2021.
Nesta sexta-feira (3), o TJMG aceitou a denúncia do Ministério Público (MPMG) que identificou a prática de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, possivelmente praticados pelos integrantes do grupo.
Segundo o TJMG, os acusados serão citados e, após a notificação, terão o prazo de 10 dias para se defenderem das acusações. O juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte, é o responsável pelo processo.
Na denúncia, o MP afirma que, em março de 2021, durante o estado de calamidade pública decretado em razão da pandemia de coronavírus, os integrantes do grupo se associaram para o fim específico de cometer crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
Relembre o caso
Na época, a mulher vendia falsas doses de vacina contra a Covid-19 pelo valor de R$ 600,00. A falsa enfermeira garantia imunização das vítimas contra a doença quando, na realidade, a substância aplicada era soro fisiológico.
Os outros acusados de participação nos crimes deverão se explicar sobre o uso de contas bancárias para os depósitos de valores pagos, arrecadação de valores em espécie, transportar a falsa enfermeira para os locais de vacinação, locação de veículos que eram usados nos crimes e ocultação da origem do dinheiro.