Por unanimidade

Caso Lorenza: promotor André de Pinho é condenado por omissão de cautela; entenda

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 29/03/2023 às 16:15.Atualizado em 30/03/2023 às 14:13.
Julgamento promotor André de Pinho, acusado de matar a esposa, Lorenza de Pinho (Cecília Pederzoli / TJMG)
Julgamento promotor André de Pinho, acusado de matar a esposa, Lorenza de Pinho (Cecília Pederzoli / TJMG)

O promotor de Justiça, André de Pinho, foi condenado pelo crime de “omissão de cautela de arma de fogo” durante julgamento realizado nesta quarta-feira (29). 

O crime consiste em não preservar a segurança de menores de idade com a presença de arma de fogo no local. Foi a primeira condenação pelos possíveis crimes que ele está sendo julgado.

Durante a sessão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que julga a morte da esposa Lorenza de Pinho, André de Pinho permaneceu ouvindo os votos dos desembargadores, que tiveram decisão unânime: 20 votos pela procedência da primeira acusação. 
Pelo crime, o acusado pegará um ano de detenção e multa.

Quem abriu a votação foi o relator da sessão, Wanderley Paiva, que explicou a situação. No discurso, destacou que André de Pinho deixava a arma escondida dentro de um armário no quarto do filho, sem qualquer proteção ou segurança, favorecendo, inclusive, que qualquer um dos cinco filhos dele pudesse mexer. Tal imprudência é classificada como delito, já que todos são menores de idade.

Em defesa, André informou que deixava a arma no local como forma de evitar que a esposa, Lorenza de Pinho, a encontrasse, já que ela tinha um histórico com remédios com alto poder de tranquilizante, o que a colocava em risco. A defesa pode recorrer.

Promotor cabisbaixo
Presente no julgamento, o promotor de justiça permaneceu concentrado e se limitou a abaixar a cabeça após a votação se condenação pelo crime de omissão de cautela de arma de fogo.

Foi a primeira das acusações as quais André está sendo julgado.  Entre elas, a possibilidade de feminicídio triplamente qualificado pela morte de Lorenza.

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