
O promotor de Justiça, André de Pinho, foi condenado pelo crime de “omissão de cautela de arma de fogo” durante julgamento realizado nesta quarta-feira (29).
O crime consiste em não preservar a segurança de menores de idade com a presença de arma de fogo no local. Foi a primeira condenação pelos possíveis crimes que ele está sendo julgado.
Durante a sessão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que julga a morte da esposa Lorenza de Pinho, André de Pinho permaneceu ouvindo os votos dos desembargadores, que tiveram decisão unânime: 20 votos pela procedência da primeira acusação.
Pelo crime, o acusado pegará um ano de detenção e multa.
Quem abriu a votação foi o relator da sessão, Wanderley Paiva, que explicou a situação. No discurso, destacou que André de Pinho deixava a arma escondida dentro de um armário no quarto do filho, sem qualquer proteção ou segurança, favorecendo, inclusive, que qualquer um dos cinco filhos dele pudesse mexer. Tal imprudência é classificada como delito, já que todos são menores de idade.
Em defesa, André informou que deixava a arma no local como forma de evitar que a esposa, Lorenza de Pinho, a encontrasse, já que ela tinha um histórico com remédios com alto poder de tranquilizante, o que a colocava em risco. A defesa pode recorrer.
Promotor cabisbaixo
Presente no julgamento, o promotor de justiça permaneceu concentrado e se limitou a abaixar a cabeça após a votação se condenação pelo crime de omissão de cautela de arma de fogo.
Foi a primeira das acusações as quais André está sendo julgado. Entre elas, a possibilidade de feminicídio triplamente qualificado pela morte de Lorenza.