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Casos de cargas vivas retidas em protesto de caminhoneiros serão tratados como maus-tratos

Cristina Barroca - Hoje em Dia
Publicado em 10/11/2015 às 11:51.Atualizado em 17/11/2021 às 02:25.

As rodovias de Minas em que estão sendo realizados protestos de caminhoneiros, irão receber a partir desta terça-feira (10), equipes de fiscalização da Polícia do Meio Ambiente, para averiguar denúncias recebidas pelo Grupo Especial de Defesa da Fauna do Ministério Público de Minas Gerais (Gedef), de vários caminhões parados com cargas vivas.

Porcos e aves, que poderiam estar privados de água e alimentos, além de ficarem sujeitos a intempéries, estariam parados nessas estradas impedidos de seguir viagem.

A orientação é que eventual constatação de retenção de veículos com animais, sem o manejo adequado, seja tratada como crime de maus-tratos, descrito no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998).

Os motoristas estão parados desde segunda-feira (9) e, dentre as reivindicações dos que aderiram ao movimento, estão a redução do preço do óleo diesel, a criação de preços tabelados para os fretes e a saída da presidente Dilma Rousseff.

O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Minas Gerais (Sinditac) se posicionou contrário à paralisação. Por meio de nota, o presidente da entidade, Antônio Reis, afirmou que o grupo “não está participando desta greve que tem cunho exclusivamente político”. Ele afirma que não houve discussão de pauta entre os caminhoneiros e nem consenso da maioria.

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Francisco Costa, reprova também a forma adotada para realização do protesto e afirma que, dessa maneira, não há possibilidades de negociação com o governo.

“Não há lideranças. O que estamos observando são apenas discussões nas redes sociais. O Comando Nacional do Transporte é uma criação sem CNPJ. É um movimento que vai trazer muito transtorno, mas pouco resultado positivo. Muitos motoristas estão parados mais por medo de sofrerem retaliação do que por apoio ao movimento”, afirma.

Na segunda, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que os caminhoneiros que interditarem as estradas serão multados em R$ 1.915,00. A polícia também foi orientada a desobstruir as estradas e garantir a segurança dos caminhoneiros que quiserem trabalhar.

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