Transporte Público

CBTU aciona Justiça para evitar greve anunciada por trabalhadores do metrô de BH

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
24/08/2022 às 17:07.
Atualizado em 24/08/2022 às 17:12

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou na tarde desta quarta-feira (24) que entrou na Justiça para evitar a greve anunciada por metroviários de BH. Os trabalhadores prometem paralisação total do metrô da capital a partir da meia-noite desta quinta-feira (25).

A greve está relacionada ao descontentamento da categoria com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de aprovar a privatização da CBTU em Minas Gerais. Segundo os metroviários, não haverá sequer escala mínima.

"A companhia informa que está tomando todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, incluindo pedido de liminar para fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte", informou a CBTU em nota.

Vale lembrar, no entanto, que na última greve dos metroviários, entre março e abril deste ano, a CBTU chegou a conseguir na Justiça Trabalhista uma liminar que impedia a paralisação dos trens nos horários de pico. Contudo, a determinação não foi cumprida pelo sindicato.

Insatisfeitos com a privatização da companhia, os metroviários afirmam que não foram chamados para participar das conversas. Eles também lamentam falta de estabilidade dos empregos.

Sobre questionamentos do sindicato, a CBTU afirmou que as diretrizes e ações sobre a privatização são "conduzidas pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional".

A reportagem procurou o ministério e aguarda retorno. 

Privatização do metrô de BH
Com a decisão do TCU, o edital de concessão do metrô de Belo Horizonte à iniciativa privada poderá ser publicado. Em entrevista recente ao Hoje em Dia, o secretário de estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fernando Marcato, estimou que o leilão deve ocorrer entre dezembro e janeiro.

O projeto de privatização do metrô de BH prevê investimento de R$ 3,8 bilhões para a estrutura atual e para a construção da linha 2, que atenderá a região do Barreiro.

O Governo Federal será o principal responsável pelo aporte, com R$ 2,8 bilhões.

O governo de Minas, com recursos provenientes do acordo firmado com a mineradora Vale pela reparação do rompimento da barragem em Brumadinho, vai arcar com R$ 430 milhões. A quantia restante será de responsabilidade da empresa que vencer o leilão.

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