Em Minas Gerais a maternidade tem sido adiada para idades mais avançadas. Além disso, o número médio de nascimentos está menor e uma proporção maior de mulheres chega ao fim da vida reprodutiva sem terem tido filhos. Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a queda na taxa de fecundidade segue tendência apurada em nível nacional.
A pesquisa considerou mulheres de 15 a 49 anos. Ainda de acordo com o levantamento, a idade média da fecundidade em Minas aumentou de 27,3 anos para 28,5 anos, de 2010 a 2022. Mulheres com maior grau de instrução e de cor ou raça branca têm idade média fértil maior que aquelas de cor ou raça preta ou parda e com menores graus de instrução formal.
Essa taxa, que relaciona o número de nascimentos ocorridos em um grupo de idade das mães com o total de mulheres daquele mesmo grupo etário, foi de 1,48 filho por mulher em Minas. No Brasil, a proporção foi de 1,55 filho por mulher no Brasil – ambas abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Ou seja, em Minas a queda foi mais acentuada do que a média nacional.
O Censo do IBGE revela ainda que a proporção de mulheres de 50 a 59 anos – ou seja, que chegam ao fim da idade reprodutiva – sem filhos aumentou de 12,7% para 16,1% no Estado, no período analisado.
Dados sobre imigração
Número de estrangeiros residentes em Minas Gerais aumentou 64,3% de 2010 para 2022, mas o Estado caiu da quinta para a oitava colocação em quantitativo de estrangeiros moradores.
Invertendo a taxa negativa de 2010, Minas foi um dos 9 estados que apareceram, em 2022, com uma taxa de migração líquida (isto é, a proporção entre o número de pessoas do saldo migratório e a população total residente no estado) positiva, de 0,52%.