24 EQUIPES

Censo da população de rua começa contagem dos sem-teto nas regiões Centro-Sul e Leste de BH

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
Publicado em 19/10/2022 às 14:07.
 (Valéria Marques)

(Valéria Marques)

As pessoas que vivem nas ruas de Belo Horizonte começaram a ser contadas nesta quarta-feira (19). A estimativa é que cerca de 9 mil sem-teto sejam cadastrados pela prefeitura, que conta com parceria da UFMG no projeto. Os resultados vão nortear novas políticas públicas.

A coleta – que leva o nome de Censo Pop Rua – será feita até sexta-feira (21). Uma prévia com o perfil básico deve ser divulgada daqui a 20 dias, segundo prevê o professor e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (Naves), da UFMG, Frederico Garcia.

O docente detalha que 300 pessoas, divididas em 24 equipes, irão realizar os trabalhos em 1,9 mil pontos de BH, das 10h à 0h. Os responsáveis estarão identificados com crachás azuis e coletes verdes. Hoje, os profissionais vão até as regionais Centro-Sul e Leste. Nos dias 20 e 21, os trabalhos serão estendidos para toda a cidade. 

“Ao longo dos próximos meses vamos construir e analisar esses dados e isso vai virar um livro que depois será amplamente divulgado”, disse o professor, que participou ontem do lançamento do projeto na sede da PBH.

O último censo realizado pela prefeitura, também com participação da UFMG, ocorreu em 2013. Na época, cerca de 2 mil pessoas viviam nas ruas na capital. Sem dados atualizados, a prefeitura utiliza atualmente os números do CadÚnico. 

Programa ‘Estamos Juntos’
Também ontem, o prefeito Fuad Noman falou sobre o programa Estamos Juntos. O projeto visa inserir os moradores em situação de rua no mercado de trabalho.
 
“São pessoas que estão nesta situação por algum motivo e não porque querem. Algumas porque na pandemia perderam o emprego e a moradia. O programa vai criar oportunidades para essa pessoa e fazer uma readaptação ao mercado de trabalho” disse Fuad.

Quem for até um abrigo irá passar por uma triagem e entrar para o banco de dados no qual empresas cadastradas podem realizar as contratações, intermediadas pela prefeitura. Também serão realizadas capacitações. As ações começam em janeiro e terão investimento de R$ 3 milhões.

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