Em maio

Centro Sismológico da USP confirma tremores de terra em Sete Lagoas e município solicita apoio

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
31/05/2022 às 18:31.
Atualizado em 31/05/2022 às 18:42
 (Wikipedia/Reprodução)

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Os últimos tremores de terra sentidos pelos moradores de Sete Lagoas, an região Central de Minas, foram confirmados pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Os abalos, registrados entre domingo (29) e segunda-feira (30), chegaram à magnitude 2.2 na escala Richter.

Diante dos últimos episódios – em um mês foram quatro registros –, a Prefeitura da cidade solicitou apoio aos centros sismológicos para identificar a origem dos abalos. Com isso, foram protocolados ofícios endereçados ao chefe do observatório da Universidade de Brasília (UnB), pesquisador Marcelo Peres Rocha, e aos professores Marcelo Bianchi, Marcelo Assunção e José Roberto, da Universidade de São Paulo (USP).

"Essa solicitação para que façamos um estudo mais aprofundado e tenhamos aqui uma central de monitoramento remoto para buscarmos a verdade sobre o que está acontecendo. E mais, para que nos programemos junto à população para possíveis ondas de abalos", afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Edmundo Diniz.

Ainda segundo o secretário, o município busca, junto às principais universidades do país, uma solução para os tremores que vêm ocorrendo. "Sete Lagoas está montando uma força-tarefa com as instituições federais locais, Embrapa e professores de Geologia para, em breve, anunciarmos a motivação dos abalos e as eventuais ações que tomaremos", concluiu.

"Estranheza"
A frequência dos tremores, considerada no mínimo "estranha" pela administração municipal, no entanto, ainda não ocasionou ocorrências de deslizamentos, desabamentos, rachaduras ou mesmo trincas nas casas.

A grande maioria dos relatos, que ocorreram em, pelo menos, 50 bairros, citam estrondo seguido de rápido tremor. Diante desse cenário, equipes da Defesa Civil estão percorrendo as localidades com maiores queixas como forma de colher informações junto aos moradores.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Sete Lagoas, comandante Andrade, ainda não há motivo para pânico. "A questão é a grande frequência com que esses sismos vêm ocorrendo. Assim que tivermos notícias, vamos passar informações", afirmou.

Episódios
Ainda em maio, outras duas ocorrências de terremotos foram registradas na cidade. Em 15 de maio, o tremor chegou à magnitude 2.6 e foi confirmado às 23h17 pelo Observatório Sismológico da UnB. Cinco dias depois, o abalo foi registrado pelo Centro de Sismologia da USP, com magnitude de 2.7. Já em 29 de abril, a magnitude foi de 3.

"Vale lembrar que toda a região é cárstica, caracterizada por seu relevo com dissolução (corrosão) de rochas, formando uma série de feições como cavernas, grutas, lapas, abrigos, dolinas, rios subterrâneos, paredões rochosos, lapiás, entre outros", afirmou a Prefeitura da cidade mineira.

Ainda conforme o Executivo municipal, em princípio, a geologia do local facilitaria a captação de águas subterrâneas, principal fonte de abastecimento de Sete Lagoas por décadas, mas, por outro lado, levaria a tremores ocasionais, que podem ser de baixa ou de intensidade.

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