Imunização

Chance de morrer por Covid-19 em BH é 1,4 mil vezes maior do que ter reação adversa com a vacina

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
24/06/2022 às 17:34.
Atualizado em 24/06/2022 às 17:42
 (Reprodução/ Freepik)

(Reprodução/ Freepik)

Em meio à baixa adesão à vacinação contra Covid-19 em algumas faixa-etárias, como a segunda dose para crianças de 5 a 11 anos, dados do boletim do Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte reforçam que a preocupação com efeitos adversos graves não devem pautar a rejeição aos imunizantes.

Segundo o documento divulgado nesta sexta-feira (24), o risco de uma pessoa morrer ao ter Covid-19 em Belo Horizonte é, atualmente, 1.450 vezes maior do que o risco de ter algum evento adverso associado a qualquer uma das vacinas.

Ainda conforme o boletim, se comparado ao efeito adverso grave mais comum relacionado aos imunizantes da Covid, como herpes zoster associada à Pfizer, que pode ocorrer 158 vezes a cada milhão de aplicações, o risco de morte pelo coronavírus em idosos acima de 90 anos é 766 vezes maior: 121.103 chances de falecer devido à doença.

Em crianças de 0 a 11 anos o risco de morte pela Covid-19 é muito superior a eventual efeito colateral grave da vacina. Em Belo Horizonte, há 194 vezes mais chance de a criança morrer pela infecção causada pelo coronavírus do que sofrer uma anafilaxia (reação alérgica aguda) após a dose pediátrica da Pfizer.

Em relação ao público infantil, o índice de aplicação da segunda dose causa preocupação. Entre o público elegível para vacinação na capital mineira (5 a 11 anos), 83% tomaram a primeira dose e apenas 58% receberam o reforço, conforme o boletim divulgado pelo comitê. O número de mortes por Covid-19 a cada milhão de casos nas crianças de 0 a 11 anos é de 970.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (24), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, também relatou preocupação com notícias falsas envolvendo as vacinas contra a Covid-19.

"Quem não tomou a vacina, a chance de evoluir a óbito é muito maior. Além disso, essas mesmas pessoas têm oito vezes mais chance de internação caso contraiam o coronavírus", afirmou.

Alta de casos
O boletim do Comitê Popular de Belo Horizonte também traz dados que ilustram o atual aumento de casos da doença na capital. A velocidade de transmissão do vírus está em 1,5, o que indica que a cada 100 pessoas infectadas pela doença, outras 150 podem ser contaminadas.

O número de casos por 100 mil habitantes está em 348. para se ter uma ideia, no início deste mês, quando o comitê foi criado, esse dado estava em cerca de 200.

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