
Depois de municípios grandes como Belo Horizonte, Uberlândia e Betim, uma pequena cidade do Centro-Oeste mineiro anuncia que está negociando com o Instituto Butantan para a compra de doses da Coronavac. Neste sábado (26), o prefeito de Itapecerica, Wirley Reis (Podemos) afirmou pelas redes sociais que deu o primeiro passo para oficializar a intenção de adquirir a vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac.
“A prefeitura, preocupada com o andamento do processo de distribuição da vacina, da implementação e efetividade do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, já iniciou as tratativas com o Instituto Butantan, dando o primeiro passo para a formalização do Termo de Interesse, pelo qual o município oficializa a intenção de adquirir, com recursos próprios, doses da vacina para imunização, prioritariamente, dos grupos de risco”, escreveu Reis.
Segundo ele, o município decidiu não somente aguardar as diretrizes do governo federal para Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, mas utilizar recursos próprios para garantir doses, após fazer uma análise financeira. “Obviamente, o município também irá acompanhar e executar todo o processo de implementação das fases de imunização a ser proposto pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo município, de terça-feira (22), Itapecerica registrou 339 casos confirmados de Covid-19 e oito mortes. A cidade tem cerca de 21 mil habitantes.
Eficácia
O governo de São Paulo deve anunciar os dados sobre a eficácia da Coronavac até dia 7 de janeiro. Anteriormente, o governo havia dito que revelaria os resultados preliminares do estudo em fase 3, feito com mais de 12 mil voluntários no Brasil, no dia 23 de dezembro, mas acabou adiando o anúncio a pedido da Sinovac.
Em coletiva à imprensa, o diretor do Instituto Butantan afirmou que a eficácia da Coronavac atingiu um patamar acima do aceitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas o laboratório chinês pediu duas semanas para analisar os dados levantados no Brasil. Ele garantiu que a segurança da vacina foi confirmada nas três fases de estudo, mas o pedido para uso emergencial ainda não foi encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o governo de São Paulo, o calendário de vacinação no Estado está mantido, com início previsto para o dia 25 de janeiro. Mais dois carregamentos de vacinas vindas da China devem desembarcar no país na próxima semana, nos dias 28 e 30 de dezembro, totalizando 10,8 milhões de doses em solo brasileiro ainda em 2020.
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