
Um grupo de 20 jovens, moradores da Pedreira Prado Lopes, iniciam na próxima quarta-feira (5) uma imersão prática e criativa no campo do audiovisual. O projeto Cinema da Favela é uma formação que envolve todas as etapas de produção de um curta-metragem autoral - da ideia à finalização.
As oficinas serão realizadas três vezes por semana na Escola Municipal Belo Horizonte, no São Cristóvão, Região Noroeste de BH.
O aprendizado será conduzido por profissionais atuantes no mercado audiovisual, combinando momentos expositivos com experiências práticas.
A formação será dividida em núcleos temáticos que abordarão diferentes áreas do cinema: roteiro, direção, fotografia, câmera, som, arte, figurino e maquiagem, produção audiovisual, edição e finalização.
Haverá também oficina de elaboração de projetos culturais com foco em audiovisual, em que os alunos aprenderão a formatar e escrever projetos que possam ser inscritos em editais, bem como aprender a captar recursos e parceiros para execução desses projetos.
Concluída a parte teórica da formação, os alunos colocarão os conhecimentos adquiridos em prática produzindo um filme. Todo o processo será acompanhado por uma equipe de mentores formada pelos ministrantes das oficinas, que estarão disponíveis para apoiar tecnicamente os alunos.
O filme produzido pelo grupo será exibido na Mostra Cinema da Favela, na própria escola. A mostra também apresentará produções realizadas por jovens cineastas e por coletivos periféricos, com sessões comentadas e bate-papo com os participantes e convidados do setor audiovisual.
O projeto é realizado pela produtora Nós da Fita e apresenta aos estudantes o cinema como uma possibilidade profissional. Tamira Abreu, idealizadora do Cinema da Favela e diretora da produtora, afirma que a iniciativa fortalece a presença das juventudes periféricas nos processos criativos e nas produções audiovisuais.
“Acreditamos que a arte é um caminho para a autonomia, o pertencimento e a transformação das realidades vividas, e que suas histórias merecem ser contadas, escutadas e vistas”.
* Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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