Uma cliente será indenizada em R$ 20 mil por intoxicação provocada por produtos químicos utilizados durante um tratamento capilar em um salão de beleza de Belo Horizonte. Conforme os autos do processo, Érica Paula Ribeiro Fagundes sentiu ardência em seu couro cabeludo, falta de ar e palpitações no peito, durante a aplicação dos produtos, e acabou desmaiando. Segundo Érica Paula, ela não teve qualquer auxílio do salão de beleza e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII. Após ser atendida, foi constatado que a mulher sofreu um quadro de intoxicação, queimaduras no couro cabeludo, manchas avermelhadas e erupções cutâneas pelo corpo. Além disso, a cliente alegou que apresentou sequelas do tratamento capilar como falhar no couro cabeludo, manchas avermelhadas atrás das orelhas e certa dificuldade em respirar. Érica Paula decidiu acionar a Justiça, mas o Salão de Beleza Márcia Progressiva não se manifestou. Por isso, o juiz de direito auxiliar da 31ª Vara Cível da comarca de Belo Horizonte aplicou o previsto nos artigos 285 e 319 do Código de Processo Civil, segundo as quais serão considerados verdadeiros os fatos afirmados pelo autor se o réu não contestar a ação e fixou indenização de R$ 20 mil. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.