Minas Gerais registrou 116.389 casos de Covid-19 só em dezembro, mês com maior número de infectados desde o início da pandemia, em março. O número corresponde a 21,7% das notificações no Estado: 536.044.
Em julho e agosto, quando o território mineiro enfrentou um pico na curva da pandemia, foram 79.522 e 86.572 registros, respectivamente.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a ampliação da testagem, ocorrida a partir de 6 de outubro, pode ter contribuído, em parte, para o crescimento do número de casos confirmados.
Em setembro, a média era de 1,125 testes por dia e, atualmente, está em de 3.206 a cada 24 horas, o que aumenta proporcionalmente as confirmações, segundo a secretaria. Atualmente, cerca de 30% dos exames têm resultados positivos na rede pública.
“Por outro lado, o aumento da incidência nas últimas semanas também pode estar relacionado à diminuição da atenção aos protocolos de segurança, ou seja, redução do uso de máscaras, afrouxamento no distanciamento social mínimo e não higienização constante das mãos”, afirmou a SES-MG.
Embora tenha o maior número de casos, dezembro não é o mês em que houve mais mortes por Covid. Até o dia 30, foram 1.733 óbitos, enquanto agosto teve 2.474. Em setembro foram 1.996 e julho, 1.762.
Mas fica o alerta para janeiro. O aumento de casos de Covid já pressiona a assistência da rede pública. Atualmente, há 1.169 pessoas internadas em UTIs do SUS em Minas por causa da Covid-19.
Em todo o Estado, em média, quase 30% das UTIs ocupadas na rede pública são dedicadas a pacientes com Covid.
Em algumas regiões, a situação é dramática. Na região do Vale do Aço, por exemplo, quase 60% dos leitos de terapia intensiva ocupados são referentes ao tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus.