Com platô em vez de pico, Estado vê tendência de estabilização da pandemia em Minas

Anderson Rocha
@rochaandis
20/07/2020 às 15:21.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:04
 (Freepik)

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Com mais de dois mil mortos pela Covid-19 em Minas, o Estado informou nesta segunda-feira (20) que há uma tendência de estabilização das taxas de ocupação dos leitos de UTI e de registro de óbitos pela doença no território mineiro durante o platô.

O fato foi notado a partir dos dados epidemiológicos da última semana, para quando estava previsto o pico da pandemia. O platô, iniciado na semana passada, é a trajetória em que o número de casos se mantém elevado por um tempo determinado.

"Nós estamos vendo uma flutuação dentro do número de ocupação de leitos que não mostra mais uma tendência grande ao aumento da ocupação", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. O número de mortes pela doença também segue essa propensão.

Segundo o gestor, a estabilidade é resultado dos esforços públicos que buscaram evitar o pico de transmissão, a explosão de casos e, consequentemente, o risco de desassistência médica em Minas. Nesta segunda, Minas tem 67,25% dos leitos de UTI ocupados. Veja mais aqui.

Apesar de representar um cenário melhor do que antes, a estabilidade nas taxas, porém, não significa que o número de casos esteja em queda.

"É muito importante nós não termos tido um pico grande, mas realmente nós precisaremos acompanhar esse desenrolar da epidemia até que tenhamos uma noção clara de que começamos a ter a redução do número de casos no Estado", afirmou.

Segundo o gestor, a redução ou parada na transmissão de casos deverá ocorrer por meio da "imunidade de rebanho", teoria em que um número significativo de pessoas é contaminado pelo vírus, tornando grupos imunes e dificultando o contágio pela doença. 

Outra forma esperada para a diminuição da transmissão é a produção de uma vacina contra o coronavírus. Dois medicamentos para essa finalidade estão sendo testados no Brasil.

Expansão de leitos

Ainda em coletiva nesta segunda, o secretário Carlos Eduardo Amaral informou que o número de leitos de UTI públicos do Estado ultrapassou a marca de 3.560 vagas. Em março, antes da pandemia, a rede contava com 2.072 leitos.

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