cerimônias religiosas

Com trabalho voluntário pautado pela fé, famílias mantêm vivas tradições da Semana Santa

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
Publicado em 15/04/2022 às 08:30.
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Orações, homenagens, meditações, retiros e devoção. As tradições da Semana Santa têm movimentado o território mineiro nos últimos dias. Os rituais, no entanto, não seriam os mesmos sem a ajuda das famílias. Os preparativos para a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo demandam muita dedicação, passada ‘de geração em geração’.

Na Paróquia São Mateus, no bairro Anchieta, região Centro-Sul de Belo Horizonte, quase todos os parentes da advogada Jussara Lacerda, de 41 anos, participam das celebrações.

Neste ano, pela terceira vez, ela interpreta Maria na encenação da Paixão de Cristo. Ciente da importância da personagem na história, se diz emocionada. “Fortalece a minha fé e a minha religião”.


(Reprodução / Arquivo pessoal)

(Reprodução / Arquivo pessoal)

O irmão dela interpreta Jesus Cristo. Jussara conta que ele já participou da representação no Domingo de Ramos e se apresentou, ainda, na cerimônia do ‘Lava-pés’.

A mãe e a irmã da Jussara participam do coral, que acompanha todas as apresentações na programação da Semana Santa. 

A advogada conta ainda que tem um filho, de 1 ano, que ela não vê a hora de incluir nas atividades. “Meu sonho é vê-lo participando de tudo isso. Acho que é o melhor caminho que poderia ensinar para ele”, conclui.

(Reprodução / Arquivo pessoal)

(Reprodução / Arquivo pessoal)

Trabalho voluntário

Em Santa Luzia, na região metropolitana, a economista Maria Goretti Gabrich Fonseca Freire Ramos, de 64 anos, também participa ativamente das celebrações ao lado da família. Ela é a responsável pelas vestimentas da imagem de Nossa Senhora das Dores para o Setenário das Dores de Maria.

Goretti diz que o trabalho voluntário é uma tradição, que aprendeu quando ainda era criança com uma de suas tias. “Desde pequena eu acompanhava minha tia que levava o andor de Nossa Senhora das Dores nas procissões. Ela sempre falava que quando ela falecesse seria eu quem iria substituí-la e arrumar a santa para as celebrações”. Ela conta que a tia faleceu aos 104 anos, e acompanhou a sobrinha até os 102.

As celebrações começam no domingo anterior à Semana Santa, no Domingo de Ramos, e continuam mesmo depois. No domingo da chamada ‘Semana da Alegria’ a imagem é levada para o altar principal da Igreja Matriz, onde fica durante todo o ano.

A tradição da família já está sendo repassada para as próximas gerações. A economista conta que uma prima e a filha, de 34 anos, a acompanham na tarefa.

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