Com trilhos bloqueados, trem de passageiros da Vale segue com circulação restrita nesta quarta

Rosiane Cunha
15/01/2019 às 21:36.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:03
 (Divulgação)

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O trem de passageiros da Vale continua circulando com trajeto limitado nesta quarta-feira (16), por causa do protesto na linha férrea no Espírito Santo de pescadores atingidos pela tragédia de Mariana, na região Central de Minas Gerais. A circulação de cargas na ferrovia também está suspensa.

De acordo com a Vale, o trem vai fazer a viagem apenas entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Leste do Estado. A viagem até Vitória, no Espírito Santo, está cancelada.

Segundo a empresa, desde o início da paralisação, às 11h da segunda-feira (14), 2,5 mil passageiros foram prejudicados por não poderem embarcar no trem ou por terem que completar seus trajetos em ônibus. Quem não conseguiu embarcar pode reagendar o bilhete ou pedir o reembolso. Qualquer dúvida pode ser esclarecida pelo Alô Ferrovias: 0800 285 7000.

A Vale informou que está tomando providências para desocupar a ferrovia. Disse ainda que a cada dia sem operação a ferrovia deixa de transportar o equivalente a 11,8 mil carretas de diversos produtos que atendem a indústrias do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo ou que têm como destino o mercado externo.

Manifestação

Os pescadores bloqueiam a Ferrovia Vitória Minas (FVM) em Baixo Guandu, no Espírito Santo, desde a manhã dessa segunda-feira (14). Eles protestam contra o modelo de indenização pelo desastre de Mariana, que prejudicou a pesca no Rio Doce. 

O rompimento da barragem de Fundão aconteceu em 2015 e prejudicou diretamente a atividade pesqueira ao inundar o rio Doce com lama de rejeitos. Uma decisão do juiz Mário de Paula Franco Júnior, da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, assinada no dia 27 de dezembro altera o atual modelo de pagamento de indenização firmado entre os pescadores e a Fundação Renova.

Eles acreditam que o auxílio que recebem todo mês vai ser descontado da indenização que ainda vão receber. A Renova garante que esse valor não vai ser descontado. Atualmente, mais de 1,5 mil pescadores que esperam essa indenização recebem o auxílio mensal emergencial.

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