Patrões e funcionários protestam, na manhã desta segunda-feira (11), contra o fechamento do comércio não essencial em Belo Horizonte. Os manifestantes estão na porta da prefeitura da capital, na avenida Afonso Pena, no Centro.
O movimento começou por volta das 10h, interrompendo o tráfego de veículos na via, no sentido bairro Mangabeiras, no quarteirão da sede da gestão municipal. Os motoristas precisam desviar pela rua da Bahia, o que gera uma fila de ônibus e carros de passeio na região.

Tráfego de veiculos foi desviado pela BHTrans
Entre os participantes, há representantes de academias, que já haviam se reunido na última sexta-feira, além de lojas de vestuário, bares, centros de estética, dentre outros.
A empresária Marina Nacif, proprietária de três restaurantes e de uma empresa de eventos em BH, reclamou da situação. Segundo ela, que precisou demitir 22 pessoas na pandemia, a doença é importante, mas a economia também merece atenção.
“Tenho que fechar minhas lojas, não tenho mais nenhum benefício do governo federal. Ele (Kalil) definiu que vai fechar, mas qual é a proposta para a gente? Eu não vou precisar pagar IPTU, vou ter algum benefício? Porque o que eu posso fazer agora é demitir o resto da minha equipe”, afirmou.
Segundo ela, o delivery não ajudou na outra vez em que o comércio ficou fechado. O faturamento obtido sequer permitiu o pagamento das contas.
O personal trainer Douglas Rodrigues, funcionário de uma rede de academias, disse que o fechamento do setor traz diversos prejuízos, incluindo a queda no cuidado com a saúde. Além disso, ele reclamou da falta de fiscalização com quem realmente está descumprindo medidas de combate à Covid-19.
“Uma cidade de quase 3 milhões de pessoas não ter 300 leitos? Precisava ter mais leitos e também mais fiscalização em bairros onde as pessoas fazem baladas clandestinas. O comércio precisa trabalhar”, disse.
O que diz a prefeitura:
A Prefeitura lamenta profundamente os impactos que vêm sendo causados pela pandemia nas diferentes atividades econômicas e destaca que sempre manteve diálogo com esses setores para construir conjuntamente alternativas e soluções para redução de danos.
De acordo com dados levantados pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 156.958 empresas de serviços e de atividades essenciais (84% das empresas ativas instaladas na capital) continuam autorizadas a funcionar.
O Município seguirá monitorando os indicadores epidemiológicos e analisando os dados juntamente com a equipe de infectologistas que integram o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 para avaliar sobre a possibilidade de mudanças no processo de reabertura.
O fechamento das atividades não essenciais não tem qualquer caráter punitivo ao comércio. O objetivo é diminuir o volume de pessoas em circulação para conter a expansão do contágio. Tão logo os indicadores permitam, o processo de flexibilização será retomado.
A Prefeitura se reunirá com representantes das entidades ainda nesta semana. A agenda (dia e hora) está sendo definida.
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
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