Comerciantes registram queda de 26,16% nas vendas do Natal em shoppings da Grande BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/12/2020 às 17:05.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:25
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

As vendas neste Natal caíram 26,16%, em relação ao mesmo período de 2019, nos shoppings centers de Belo Horizonte e Região Metropolitana. A informação foi divulgada pela Associação dos Lojistas de Shoppings Centers de Minas Gerais (Aloshopping). A pesquisa ouviu 103 empresas, que representam 515 lojas físicas de 14 segmentos.

Segundo o levantamento, a maioria dos empresários entrevistados relatou que 2020 foi um “ano muito difícil”, devido à pandemia de Covid-19, que iniciou em março com o fechamento das lojas físicas, retornando apenas no mês de agosto, o que ocasionou uma queda substancial de vendas nos dois semestres do ano. Uma melhora pontual foi observada apenas na Black Friday.

Com a pandemia, os consumidores compraram mercadorias de menor valor agregado em relação ao ano anterior, o que provocou a queda no valor do ticket-médio gasto. É o que avalia o superintendente da Aloshopping, Alexandre Dolabella França. “Foi o ano dos presentinhos. Não há realização festas, formaturas e eventos e, diante disso, os consumidores não compraram principalmente vestuário com maior valor, impactando fortemente este segmento. Os consumidores passaram a gastar menos, por isso a queda”, disse.

Ainda de acordo com os dados, as vendas cresceram para apenas 11,6% dos entrevistados. Dos 88,4% que registraram queda, em 38,80% as vendas caíram de 11% a 30%, e para 27,2% de 31% a 40%. Para 7,8% dos entrevistados as vendas cresceram de 1% a 10%.

Pessimismo

A pesquisa concluiu, ainda, que o maior impacto negativo é a continuidade da pandemia, com aumento de infectados pela doença, prejudicando as vendas. Por isso, o grau de confiança dos entrevistados em relação às vendas para 2021 também ficou baixo. 

Entre os lojistas ouvidos, 48,5% não estão nem otimistas nem pessimistas em relação às vendas do próximo ano. Ao mesmo tempo, 45,7% estão com grau baixo ou muito baixo de confiança. Apenas 5,9% estão com grau de confiança alto ou muito alto para o novo ano. “Não vamos ter mais o auxílio, vamos ter um desemprego maior, maior taxa de juros e inflação também um pouco maior. Então o cenário está muito ruim”, finalizou Dolabella.

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