Representantes de vários setores do comércio de Belo Horizonte se reúnem nesta quinta-feira, às 14h, na sede da prefeitura, com Alexandre Kalil, para apresentar propostas de reabertura do comércio.
Presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas), Nadim Donato preferiu não adiantar em detalhes do que será apresentado ao prefeito, mas a intenção é "conciliar saúde e economia", segundo ele.
"Nem o Kalil sabe (sobre a proposta). Vamos levar dados consistentes e fazer uma proposta de reabertura e lutar por aquilo que nós precisamos. Precisamos levantar as nossas portas de aço urgentemente", dissea Donato.
No ofício enviado ao prefeito, o Sindilojas salienta que a "participação da sociedade legalmente constituída é importante neste grave momento, para, juntos com esta Administração Pública, encontrar soluções que atendam aos interesses de todos, mantenham a saúde pública, as atividades das empresas e os empregos".
A reunião acontece um dia antes de a Secretaria Municipal de Saúde anunciar, como faz todas sextas-feiras, as próximas fases do enfrentamento a Covid-19 na capital mineira.
Após passar por duas fases da flexibilização social, Belo Horizonte voltou à estaca zero na segunda-feira (29), com o funcionamento apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, postos de gasolina e farmácias.
Desde que o afrouxamento do isolamento foi autorizado pela prefeitura, a cidade viu mais que dobrar os registros da doença. Hoje, a metrópole tem 6.413 infectados com 157 mortes. Em 25 de maio eram 1.402 casos e 42 óbitos.
Contraponto
Na contramão dos comerciantes, vários sindicatos e entidades da área de educação de BH lançaram uma campanha, na manhã desta quinta-feira, defendendo a não flexibilização neste momento. Com a hashtag "#Resiste, Kalil!", a campanha alerta que "trabalhador morto não vai precisar de emprego" e se dirige ao prefeito de BH para que "continue cuidando de garantir a SAÚDE da população".