O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ingressou com uma Ação Civil Pública, nesta segunda-feira (19), contra o município de Tiros, no Triângulo Mineiro, e a empresa Cabral e Oliveira, pedindo a anulação de um concurso público realizado em 2022, por suspeita de ilegalidades na aplicação das provas.
Na ação proposta pela Promotoria de Justiça de Tiros, é socilitada ainda a anulação do concurso, uma vez que, após a extração de dados de aparelhos telefônicos de investigados, apreendidos durante a operação “Superdotados”, foi possível apurar o favorecimento de candidatos. "Embora não tivessem atingido sequer 60% de acertos nas provas, foram classificados com notas exemplares, com quase a totalidade de pontos", afirmou o MPMG.
O Ministério Público disse ter encontrado indícios de ilegalidades da mesma ordem em outros concursos públicos realizados pela Cabral e Oliveira em outras cidades.
A ação abrta nesta segunda (19) pede a condenação do município de Tiros para restituir as taxas de inscrição de todos os candidatos, devidamente corrigidas monetariamente, ou aproveitá-las em concurso posterior, conforme preferência de cada interessado.
Segundo a Promotoria de Justiça, existem outras investigações em andamento, entre elas, novos relatórios de dados extraídos dos aparelhos eletrônicos. Tais informações complementares poderão subsidiar ação por atos de improbidade administrativa contra os responsáveis pelo concurso.
A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com a empresa responsável pelo concurso e com a Prefeitura, e aguarda retorno.
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