Clima bélico

Conflito entre Kalil e Nely Aquino tem novo capítulo e vai parar na Justiça

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
04/03/2022 às 18:21.
Atualizado em 04/03/2022 às 18:28
 (FLÁVIO TAVARES/Arquivo Hoje em Dia)

(FLÁVIO TAVARES/Arquivo Hoje em Dia)

A presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Nely Aquino (Podemos), resolveu acionar a Justiça para pedir explicações e, segundo ela, "exigir respeito" por parte do prefeito Alexandre Kalil (PSD). A ação é mais um capítulo dos embates ocorridos entre os dois desde 2021 e que foram acentuados nesta semana pelas discussões do projeto de redução do preço das passagens de ônibus na capital.

Na interpelação judicial, protocolada nesta sexta-feira (4), a vereadora questiona declarações nas quais Kalil a acusou de manter um “gabinete secreto” dentro da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), além de agir com interesses políticos nas próximas eleições.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, a presidente da Câmara disse que o prefeito mente. Segundo ela, “o gabinete é tão secreto que nem eu conheço”, afirmou.

Aquino disse que mantém diálogo com vários setores, inclusive com a Fiemg, e disse que “o prefeito deveria aprender a fazer esse diálogo também” e ainda acrescentou dizendo que “esperar respeito de Kalil é muito; quem sabe na Justiça ele entenda isso”.

No questionamento judicial, os advogados da vereadora pedem para Kalil “prestar as explicações necessárias e imprescindíveis, em especial para esclarecer e extinguir os equívocos presentes nas ofensas difamatórias” proferidas em sua coletiva.

Pedem ainda que o prefeito explique "com quem e quais são as alianças por ele sugeridas entre a presidente da CMBH e grupos de empresários, bem como os fins aos quais supostamente se dirigem"; pedem ainda que o prefeito esclareça o que é o chamado “gabinete secreto”, indicado por ele em suas declarações.

Na peça, os representantes da vereadora dizem que "o prefeito Alexandre Kalil fez graves insinuações e acusações contra a requerente, que podem constituir crime contra a honra e, dada a veiculação massiva da coletiva de imprensa, têm também potencial de macular a  imagem da presidente da CMBH". Por essas razões, "requerem em juízo que Kalil apresente as explicações que entender cabíveis para os fatos narrados na coletiva de imprensa de ontem, quinta-feira (3)".

Em resposta à reportagem, a assessoria da PBH não quis comentar o assunto.

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