Em Betim

Conserto do rompimento da adutora e retorno total do fornecimento na Grande BH levará seis meses

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeeemdia.com.br
04/03/2022 às 19:46.
Atualizado em 04/03/2022 às 19:53

O restabelecimento completo do sistema de abastecimento de água afetado pelo rompimento de uma adutora da Copasa, na última quarta (2), ainda levará seis meses. A informação foi apresentada pelo Diretor de Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimentos da estatal, Ricardo Simões, que pediu o uso consciente do recurso na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), o diretor da Copasa afirmou que o trabalho está sendo focado em abastecer as regiões de Marimbá e Vianópolis, em Betim, as mais afetadas pelo rompimento da estrutura que pertence ao sistema Serra Azul e atravessa o rio Paraopeba.

De acordo com Simões, a expectativa é de que o acesso à água seja restabelecido já na madrugada de sábado (5) nessas regiões. O diretor afirma ainda que não há risco de desabastecimento, mas é necessário que moradores da Grande BH fiquem atentos ao uso consciente da água.

"Usar água racionalmente é um dever de cidadania, mas, neste momento, precisamos mais ainda que as pessoas tenham consciência para fazer o uso racional. Não está na hora de sair lavando carro. Isso em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, até porque o Sistema Serra Azul integra o abastecimento de toda a RMBH", afirma.

Betim, a cidade mais afetada pelo acidente, decretou estado de emergência nesta sexta-feira (4). Na cidade, nove escolas suspenderam as aulas e unidades de saúde tiveram que ser abastecidas por caminhões-pipa.

As obras de recuperação da adutora acontecerão em três etapas, que, gradativamente, normalizarão o abastecimento na região. A primeira etapa é a realocação de água de outros sistemas.

"A segunda etapa é uma obra emergencial. Nós vamos trazer uma adutora de menor diâmetro, paralela à existente, atravessando o rio. Com isso, conseguimos fazer uma recuperação do sistema Serra Azul com 800 a 600 litros por segundo. Isso já melhora a condição. Para essa segunda etapa, estamos estimando de 15 a 20 dias para que fique pronta. As obras definitivas vão acontecer em paralelo, mas envolvem soluções de engenharia. Essa obra definitiva a gente estima em até seis meses", analisa.

A Copasa trabalha com a hipótese de uma cheia do Paraopeba ou um incêndio na mata como primeiras hipóteses para explicar o rompimento da adutora. A empresa, no entanto, afirma que não há informações suficientes para estabelecer uma causa clara.

  

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