polêmica

Construção do Rodoanel Metropolitano volta a ser discutida em audiência pública nesta segunda

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
07/08/2022 às 18:53.
Atualizado em 07/08/2022 às 19:01

O projeto para a implantação do Rodoanel vem causando polêmica e dividindo opiniões entre as prefeituras dos municípios que serão atingidos pela construção. E será alvo de mais uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (8), com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Cláudio Terrão.

Os parlamentares tentam um consenso entre o governo do Estado e as prefeituras de Contagem e de Betim, que já se manifestaram contrariamente ao projeto. E promoveram, no fim do mês passado, uma audiência pública com todos os envolvidos e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). 

A proposta do Rodoanel é desafogar o trânsito no Anel Rodoviário de BH - cheio de vários pontos de estrangulamento e sobrecarregado com o trânsito urbano da capital, que o transformam em uma das mais violentas vias de BH, registrando gravíssimos acidentes (média de 500 por mês).

Segundo a prefeitura de Betim, dentre os pontos de divergência está o traçado do rodoanel, que, na proposta do Estado, pretende cortar os municípios de Betim e Contagem ao meio, gerando um novo ponto de estrangulamento do trânsito já pesado das BRs 381 e 262. 

Além disso, ainda segundo a administração municipal de Betim, o projeto do Governo corta a Área de Proteção Ambiental (APA) Várzea das Flores, responsável pelo abastecimento de Contagem e de parte de Betim e de Belo Horizonte.

(Divulgação/Seinfra)

(Divulgação/Seinfra)

Na reunião do dia 28 de julho, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, disse que o traçado original do Rodoanel pode ser modificado, caso os estudos de impactos ambientais e socioeconômicos indiquem essa necessidade. 

Mas reafirmou, na ocasião, que o leilão para concessão do Rodoanel não será adiado. E disse que acontecerá no próximo dia 12, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.

A obra deve custar R$ 5 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões serão recursos do Estado, provenientes do acordo firmado com a Vale como compensação pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (RMBH), em 2019.

Composta inicialmente de duas alças, em um total de 70 km de extensão, a nova via será construída e operada por meio de uma parceria público-privada (PPP). A empresa vencedora do leilão poderá cobrar pedágio pelo período de 30 anos. 

A deputada Andréia de Jesus quer discutir com o conselheiro Cláudio Terrão como será essa concessão. "Queremos nos certificar de que não há nada irregular nesse processo", afirma a parlamentar. 

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