Contrato com empresas de ônibus de BH será tema de audiência pública na Câmara Municipal
Parlamentares convocaram representantes dos consórcios e empresa de auditoria para cobrar informações e debater soluções para o sistema
A Comissão Especial de Estudo dos Contratos de Ônibus realiza na próxima terça-feira (17), às 15h, no Plenário Helvécio Arantes, audiência pública com o objetivo de debater a atual concessão dos serviços de transporte coletivo por ônibus na capital mineira. Os parlamentares querem levantar informações que permitam elaborar um diagnóstico preliminar do atual modelo, com enfoque na análise dos aspectos financeiros, operacionais e contratuais.
Foram convidados para a reunião representantes de quatro consórcios que operam o transporte na cidade - Pampulha, Top Bus (antiga BH Leste), Dez e Dom Pedro II - além da empresa Houer Consultoria e Concessões, responsável pela auditoria do sistema de bilhetagem. O requerimento do debate é assinado pelos vereadores Helton Júnior (PSD), Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Rudson Paixão (Solidariedade), e o encontro é aberto à participação dos cidadãos, que poderão acompanhar os debates presencialmente ou de forma remota, pelo site ou canal da CMBH no Youtube.
“Esse diagnóstico irá subsidiar os trabalhos da Comissão Especial de Estudo e apontar caminhos para o aprimoramento da prestação dos serviços públicos de transporte na cidade”, apontam os parlamentares no requerimento à audiência.
Diretrizes para novo contrato
A Comissão Especial de Estudo dos Contratos de Ônibus foi criada para avaliar o cenário atual e propor diretrizes para um novo contrato de concessão, diante do término do atual modelo em 2028. De acordo com o requerimento para a criação da comissão, aprovado por unanimidade pelo Plenário, “o atual modelo de concessão não tem respondido à demanda dos usuários, seja pela baixa qualidade dos serviços prestados ou pelo elevado custo das tarifas”.
Entre os desafios elencados estão buscar um novo modelo que ofereça transporte público de qualidade e custo acessível aos belo-horizontinos, “além de atender às exigências de uma cidade sustentável com menor emissão de gases de efeito estufa”.