O corpo do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, 41 anos, assassinado com 9 tiros no Rio Grande do Sul, para onde viajou para fazer a cobrança de uma dívida de revenda de carros, está sendo velado no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte, nesta terça-feira (13).

A pedido da família, a imprensa não pôde entrar no local. A previsão é que o sepultamento ocorra por volta das 14h de hoje.

Enquanto familiares e amigos se despedem do empresário, as investigações sobre o crime ocorrem no Rio Grande do Sul. Dois homens suspeitos de participação no homicídio e ocultação do cadáver foram presos. As investigações apontam que uma dívida com o sócio - um dos suspeitos -, de cerca de R$ 5 milhões, foi o pivô para o crime.

O corpo do empresário foi encontrado pela PCRS em uma área de mata na região de Santo Antônio da Patrulha, no litoral norte gaúcho, no domingo (11). Samuel era dono de uma concessionária multimarcas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As investigações da polícia revelaram que a vítima teria ido para o Rio Grande do Sul para tratar com um parceiro comercial sobre 44 veículos enviados para venda, cujo valor estimado em R$ 5 milhões não teria sido repassado.

Segundo a PCRS, o corpo foi localizado em área próxima a uma residência abandonada, coberto por folhas, telhas e outros objetos. A vítima apresentava pelo menos nove perfurações por arma de fogo. A suspeita é de que o crime tenha ocorrido no dia do desaparecimento, em 2 de junho.

Sócio envolvido no crime

Entre os presos, está o sócio da vítima. A delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Novo Hamburgo e responsável pela investigação, identificou inconsistências no depoimento do suspeito, que motivaram, inicialmente, o pedido de prisão temporária.

Ao longo das investigações, os policiais também constataram que ele teria feito uma compra de lonas, pás e outros itens que seriam usados na ocultação do cadáver. Neste final de semana, a prisão temporária foi convertida em preventiva. Além dele, a polícia também prendeu, no sábado (10), um comparsa, suspeito de participação na morte.

As buscas por Samuel contaram com apoio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias (IGP).