Corpo de Padre Quevedo é velado no auditório da Faculdade Jesuíta

Lucas Eduardo Soares
Publicado em 09/01/2019 às 20:03.Atualizado em 05/09/2021 às 15:57.
 (Rodney Costa/Divulgação)
(Rodney Costa/Divulgação)

Atrás do caçador de enigmas e combatente do charlatanismo, um homem cortês e fiel aos ensinamentos divinos. Referência em estud[/TEXTO]os sobre fenômenos da natureza, o padre espanhol Oscar Gonzáles Quevedo morreu ontem em Belo Horizonte, aos 88 anos, após apresentar problemas cardíacos. 

As últimas homenagens ao religioso serão prestadas hoje na cidade que ele escolheu para viver em 2012, quando veio de São Paulo para a Residência Irmão Luciano Brandão, no bairro Planalto, na região Norte. O local, que abriga padres idosos e com problemas de saúde, fica na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje).

Quem esteve próximo a Quevedo e não se esquece como ele era cordial com os membros da comunidade é João Augusto Mac Dowell, professor na instituição de ensino. “Era alegre, expressivo. Uma pessoa que convivia com os companheiros com muita amizade”, disse. 

Refletir e compreender são, para Mac Dowell, as lições deixadas pelo padre. “Trabalhou muito, escreveu, deu cursos para esclarecer as pessoas sobre o sentido da vida”, pontuou o amigo.

 “desmascarava charlatões”

Trajetória

Oscar Quevedo nasceu em 1930, em Madri, na Espanha. Ainda no país, aos 15 anos, ingressou na Companhia de Jesus. Aos 29, chegou ao Brasil e conseguiu a nacionalidade em 1960. Foi professor universitário em São Paulo, onde morou a maior parte da vida.

No início dos anos 2000, o jesuíta participou do quadro “Caçador de enigmas”, no programa Fantástico, da TV Globo. Na atração, ele buscava desvendar fenômenos da natureza, a partir de explicações científicas, e desmascarar pessoas que se diziam “paranormais”.

Por causa do trabalho, o padre ficou conhecido pelo bordão “isso non ecziste”. Quevedo estava afastado da TV desde 2011.

Manifestações

Em nota, a Província dos Jesuítas do Brasil demonstrou pesar pela morte do religioso. A Arquidiocese de Belo Horizonte também fez uma publicação pedindo que “Deus, em sua infinita misericórdia, receba Quevedo, importante servidor da Igreja”.

De acordo com a Faje, o jesuíta estava na residência Irmão Luciano Brandão quando passou mal, na madrugada de ontem. Ele morreu no local.

O velório é aberto ao público, no auditório da Faje (avenida Dr. Cristiano Guimarães, 2.127). O sepultamento será no Cemitério Bosque da Esperança, também na região Norte da capital, terá o acesso liberado.

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