O corpo de Roni Peixoto, apontado como um dos maiores traficantes que Minas já teve, foi periciado no Instituto Médico Legal, onde deve permanecer até a liberação para sepultamento, nesta terça-feira (12).
O homem que já foi considerado o braço direito do megatraficante Fernandinho Beira-Mar e um dos chefes de uma facção criminosa do Rio de Janeiro em Minas foi assassinado a tiros, na manhã desta segunda-feira (11), em Santa Luzia, na região Metropolitana.
De acordo com a Polícia Militar, o corpo de Roni foi encontrado dentro de um carro de passeio na avenida Engenheiro Felipe Gabrich, no Córrego das Calçadas. Ainda conforme a PM, Peixoto teria sido abordado ainda dentro do carro por homens encapuzados, que se identificaram como policiais civis e abriram fogo, no momento em que ele entrava em casa.
A perícia da Polícia Civil recolheu o computador, a mochila e o celular da vítima, que podem ajudar nas investigações sobre o assassinato.
Vida de crimes
Roni Peixoto foi um dos primeiros criminosos a vender crack na capital. E atuava, principalmente, na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste de BH, e também em toda a região Metropolitana.
Além da grande movimentação de dinheiro, ele esteve envolvido em diversas guerras do tráfico de drogas em Minas durante os anos 1990 e 2000.
Ele já foi preso por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e tráfico de drogas e afirmava que tinha deixaso da vida de crimes. Roni cumpriu mais de 24 anos de prisão em regime fechado, de uma pena total de 35 anos. Em abril de 2019, deixou a cadeia em regime de prisão domiciliar.