
Montes Claros, no Norte de Minas, registrou aumento de 378% dos casos de Covid-19 em uma semana. Por enquanto, são casos clínicos e a grande maioria sem apresentar gravidade, mas a secretária municipal de Saúde, Dlulce Pimenta, acredita que o próximo boletim trará ainda mais casos.
O levantamento é divulgado semanalmente (às sextas-feiras), mas o monitoramento é diário – casos positivos, de testes, de notificações e de pacientes internados.
A secretária ressalta que a vacina é a arma mais eficaz para a prevenção e está disponível em todas as unidades de saúde da cidade.
"O principal objetivo da vacina é proteger contra um quadro de agravo, a vacina está disponível, então a população tem que fazer a sua parte, procurar a imunização para se proteger e também fazer o retorno das medidas de segurança, como evitar aglomerações e fazer higienização das mãos. É uma postura individual mas pensando no coletivo ", destaca.
Uso de máscara
A respeito do possível retorno do uso obrigatório de máscara, Dulce reiterou que, no momento, não há nenhum entendimento nesse sentido. Mas ressalta a indicação para que seja utilizada nos estabelecimentos de saúde e em locais em que haja um grande número de pessoas, como transporte público ou reuniões fechadas.
Copa e festas
No caso dos festejos de final de ano e Copa do Mundo, o município orienta para que a população siga os procedimentos e em caso de sintomas evite comparecer aos locais de aglomeração.
Procura por testes triplica
O gerente de uma das principais redes farmácias de Montes Claros, Reginaldo Barros, conta que com essa nova variante, a procura pelos testes rápidos vem aumentando nas farmácias da cidade sugerindo sim, aumento de contaminados.
“Todo dia tem alguém procurando pra comprar. Praticamente triplicou de uns dias pra cá. É visível que aumentou, não só devido às vendas de teste rápido, mas também porque teve um aumento nas vendas de máscaras e álcool em gel que estão bem maiores”, alerta.
Comércio preocupado
O presidente do Sindicato do Comércio (SindComércio) de Montes Claros, Glenn Andrade, comentou a respeito da apreensão que o setor vive diante da nova variante.
“Primeiramente, nós do comércio enxergamos essa situação com uma grande preocupação e responsabilidade para contribuirmos e não permitir que essa doença se alastre ainda mais trazendo para nós do comércio e sociedade como um todo, prejuízos na mesma monta dos dois últimos anos”.
Glenn espera que não seja preciso fechar as portas, como ocorreu quando a pandemia se alastrou. E torce para que as instituições se sentem para conversar a fim de chegarem a um resultado menos doloroso para os comerciantes.
“Nós do comércio damos as mãos ao poder público para promover quaisquer discussões que venham minimizar a propagação da Covid-19. O que a gente espera sobretudo é que o poder público negocie, dialogue com o comércio, em geral para que a gente evite transtornos maiores como o fechamento dos estabelecimentos”, finaliza.