CPI da Pandemia ouve coronel que participou de jantar com suposto pedido de propina por vacinas

Da Redação (*)
portal@hojeemdia.com.br
04/08/2021 às 09:17.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:35
 (Agência Senado/Divulgação )

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve, nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva, Marcelo Blanco da Costa. Por diversas vezes citado em depoimentos anteriores, o ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, exonerado em janeiro, participou de jantar em restaurante em Brasília onde teria sido feita a proposta de pagamento de propina na comercialização de doses da vacina AstraZeneca.

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O pedido de depoimento foi feito do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que espera, com a oitiva, ser “possível esclarecer a notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo de que o governo Bolsonaro teria pedido propina de um dólar por dose de vacina, por meio do diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias”.

Em depoimento à CPI em 1º de julho, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira — que se definiu como representante da Davati Medical Supply — afirmou ter recebido o pedido de propina de US$ 1 por dose do ex-diretor Dias, em troca da assinatura do contrato de venda de vacinas com o ministério. O pedido, de acordo com o vendedor, foi feito no dia 25 de fevereiro deste ano, em jantar ocorrido em um shopping em Brasília, onde também esteve presente o coronel Blanco. 

Dias, que recebeu voz de prisão ao final de seu depoimento aos senadores no dia 7 de julho, afirmou, inicialmente, que o encontro teria sido casual, mas assumiu em seguida — a partir de áudios exibidos na comissão — que o coronel sabia que ele estaria no local. Já Cristiano Carvalho, que também se apresentou à CPI no dia 15 de julho como vendedor da Davati no Brasil, disse que Dominguetti usou o termo “comissionamento” quando se referiu à reunião onde teria sido feito o pedido de propina. 

Os senadores ainda aprovaram requisições ao Comando do Exército Brasileiro de todos os relatórios e informações de inteligência, com as correspondentes cópias, a respeito do tenente-coronel Blanco, assim como de Antônio Élcio Franco, Alexandre Martinelli Cerqueira e Eduardo Pazuello.

(*) Com informações da Agência Senado

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