Na última semana, entre os dias 30 de outubro a 5 de novembro, o grupo Hermes Pardini registrou taxa de positividade em 13,3% dos exames para detecção do coronavírus. Em relação à semana anterior, o aumento é de 6% no número de testes positivos.

No laboratório São Paulo, 15,79% dos exames testaram positivo no período dos dias 1º a 07 de novembro. Em todo o mês de outubro, o índice de positividade foi de 3,04%.

Segundo a infectologista do Hermes Pardini, Melissa Valentini, o aumento de casos pode estar relacionado com o surgimento da subvariante Ômicron BQ.1, já que esta sublinhagem está associada ao aumento recente de casos de Covid-19 na Europa. De acordo com a médica, atualmente, a ômicron e suas subvariantes são as mais frequentes dentre os vírus da doença.

A infectologista observa que as variantes da ômicron são mais transmissíveis. E podem sofrer mutações resistentes a vacinas e imunidade por infecções anteriores, por isso, é possível o registro de picos com aumento no número de casos.

(Divulgação / Laboratório São Paulo)

Em Belo Horizonte, apesar de a prefeitura informar que não há notificação de casos da nova subvariante no município, a incidência da doença por 100 mil habitantes apresentou crescimento a partir do dia 22 de outubro, segundo boletim epidemiológico divulgado pela administração municipal.

No dia 21/10 a incidência estava em 15,0 e atingiu 20,0 e 20,04 nos dias 24/10 e 26/10, respectivamente. No dia 29 de outubro, última data de atualização, a incidência estava em 18,8 por 100 mil habitantes.

Apesar do crescimento observado nas últimas semanas, a infectologista ressalta que o número de internações e óbitos continuam baixos.

“Aparentemente, como previsto, a Covid-19 segue a evolução natural de se tornar um vírus permanente, mais transmissível, entretanto, menos grave, menos letal”, disse a médica.

Segundo o Governo do Estado, até a última semana, os dados de internações por Covid-19 indicam cenário de estabilidade.

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