
Quatro crianças que foram vítimas do incêndio em uma creche em Janaúba, no Norte de minas, chegaram ao Hospital João XXIII, na capital, no começo da noite desta quinta-feira (5).
Duas delas já estão em cirurgia. Um menino de aproximadamente 8 anos, que teve cerca de 80% do corpo queimado, e uma menina que teve 35% da superfície corporal queimada e vai passar por um procedimento que retira toda a área afetada.
As outras duas vítimas são uma menina, também de 4 anos, e um menino de 3, que tiveram 35% e 10% do corpo queimado, respectivamente.
De acordo com o diretor técnico e gerente assistencial do HPS, Marcelo Lopes Ribeiro, "todas elas correm risco de morrer". Ainda segundo o diretor, o Hospital João XXIII, referência em queimaduras, está preparado para receber todas as vítimas da tragédia. Outras quatro crianças devem chegar ainda nesta quinta ao HPS. A demora na chegada das vítimas foi causada por problemas na decolagem de Janaúba para Montes Claros e de lá para BH.
Para receber os feridos, o diretor técnico explicou que pacientes menos graves do HPS foram remanejados no próprio hospital e crianças transferidas para o CGP, antigo Hospital João Paulo II. Assim, leitos da terapia intensiva foram liberados para receber as vítimas da tragédia. Ribeiro explicou ainda que uma equipe assistencial do hospital irá receber e acolher familiares dos pacientes.
Além das quatro crianças que já estão no Hospital João XXIII, está prevista para a manhã desta sexta (6) a chegada de mais duas vítimas. São duas mulheres, adultas, que estão internadas em Janaúba. Há ainda a possibilidade de outras três crianças serem transferidas para o HPS. A transferência foi descartada para a noite desta quinta-feira (5) porque a aeronave que está fazendo o transporte não tem autonomia e não voa por instrumentos.
"Dependendo da avaliação que fizermos, e do estado dos pacientes, outras vítimas também podem ser transferidas para cá", explicou o tenente do Corpo de Bombeiros. A decisão de trazer as quatro crianças para cá foi tomada com base na gravidade do estado delas. "O HPS é a referência estadual, por isso quando asseguramos que estavam estáveis, achamos melhor trazê-las", explicou o tenente do Corpo de Bombeiros.
Veja o momento em que as primeiras crianças transferidas chegaram ao Hospital João XXIII: